Busca obsessiva por cirurgias plásticas tem relação com questões psicológicas
Transtornos estão relacionados a busca recorrentes pelos procedimentos
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De acordo com a pesquisa de 2020 da ISAPS (Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética), as cinco cirurgias estéticas mais procuradas no mundo foram: mamoplastia de aumento, lipoaspiração, blefaroplastia (cirurgia das pálpebras), rinoplastia e abdominoplastia.
A cirurgiã plástica Michelle Santagelo explica que houve relatos de aumento na procura de procedimentos após pandemia, especialmente entre as mulheres.
Segundo Michelle, é possível que pessoas habituadas a fazer muitos procedimentos estéticos sejam portadoras de transtorno mental que gera insatisfação com a autoimagem (síndrome dismórfico-corporal), um espectro do transtorno obsessivo compulsivo.
Toda cirurgia tem seus riscos, e não diferente com cirurgias plásticas. Michelle diz que muitas operações no mesmo local dificultam a técnica da operação e traz riscos. Além disso, a pessoa pode desenvolver algum transtorno de autoimagem (a pessoa passa a não se reconhecer).
A psicóloga Patrícia Atanes aponta outros problemas causados pelo culto a beleza, entre eles estão o transtorno de imagem, depressão, baixo autoestima. Patrícia Atanes explica a função das redes sociais nesse tipo de vício. Segundo ela, as redes sociais são carregadas de padrões culturais que são reforçados, com pessoas que os ostentam de forma nem sempre real. “As redes sociais são a mídia de comunicação de tempos atrás”, comentou ela.
O tratamento psicológico nesses casos trata de ressignificar os conceitos e crenças, os traumas e as vivências passadas e assim poder se aceitar, se respeitar e reforçar sua autoestima, de acordo com Patrícia.
