Entregadores de aplicativo de comida ainda enfrentam perrengues no trabalho

Com a jornada de trabalho corrida, banheiro, água e refeições se tornam desafios

Victor Malveira
victormalveiraportfolio
2 min readDec 9, 2022

--

Imagem: Pixabay/Alexandre C. Fukugava

Richard Neves começou a trabalhar como entregador do iFood no início da pandemia por causa de questões financeiras. Ele conta que o serviço é mais arriscado, mas que é possível ter um faturamento maior no mês, se comparado a um serviço CLT. O entregador relata que trabalha das 11 até as 22 horas, e folga uma ou duas vezes na semana.

Sobre o aplicativo, Richard conta que é passada uma meta diária e que é possível tirar 120, 200 reais trabalhando os três turnos. Segundo ele, com uma boa gestão é possível sobreviver.

Ele aponta o clima, as condições de trabalho e as necessidades básicas (banheiro e água) como desafios diários para entregadores de apps. Contudo, Richard não trocaria seu emprego atual por um CLT.

Marcelo Júnior também é entregador de comida por aplicativos. Trabalhando desde 2018, Marcelo explica que começou a fazer entregas porque era a única opção de emprego que ele tinha na época. “Foi o que apareceu na época, mas também parecia ser uma boa oportunidade de ser meu próprio patrão”, disse Marcelo.

Os desafios diários são parecidos com o de Richard. De acordo com Marcelo, as refeições dele são feitas no meio da rua entre uma entrega ou outra.

Ele diz que tem saudade de quando trabalhou como auxiliar administrativo e dos benefícios e direitos que ele tinha. “Eu tinha férias, trabalhava 8 horas, folga nos finais de semana, vale transporte e alimentação, plano de saúde”, comentou Marcelo.

--

--

Victor Malveira
victormalveiraportfolio

Um quase jornalista que tenta ser cinéfilo. O objetivo aqui é escrever resenhas de filmes, séries e de outras coisas aleatórias. Amante de futebol.