Motoristas de aplicativo de corrida ainda sentem medo da violência

Apesar de Uber melhorar segurança durante a viagem, motoristas não se sentem completamente seguros

Victor Malveira
victormalveiraportfolio
2 min readDec 9, 2022

--

Imagem: Victor Malveira

Francisco Silva é de Rio Branco (AC) e trabalha como Uber desde setembro de 2017. Ele foi taxista por 12 anos antes de começar a trabalhar no aplicativo de corridas.

O motorista diz que nunca sofreu violência no trânsito, mas conhece colegas que já sofreram. No entanto, ele relata ter sofrido violência de um passageiro pouco tempo depois de ele começar a trabalhar para a Uber. “Uma pessoa bêbada se alterou comigo, ela estava do lado de fora do carro e bateu no meu peito. Eu tive que chamar a polícia e reportar na Uber.”, relatou.

Ele conta que o suporte que a empresa dá nesses casos é apenas em relação a contribuição com as investigações. Segundo ele, não existem indenizações.

Francisco não se sente 100% seguro. Contudo, ele diz que as plataformas de aplicativos de corrida têm melhorado aos poucos, mas não é o suficiente. “Hoje a plataforma mostra o destino final do passageiro, algo que antes não acontecia. Íamos atender o passageiro no escuro. Ela faz essa verificação no CPF, se a pessoa tiver algum antecedente, ela tem um pouco mais de dificuldade de conseguir um carro. Depois das 22h só pagamento no cartão”, relatou.

Celso Magalhães trabalha desde meados de 2020 como Uber após ser demitido de seu antigo emprego por causa da pandemia. Rodando na cidade de São Paulo, o motorista admite que só dirige durante o dia por ser mais seguro do que a noite. Embora nunca tenha sido assaltado ou sofrido violência, ele conta que já viu acontecer no trânsito e ouviu relatos de colegas de trabalho.

--

--

Victor Malveira
victormalveiraportfolio

Um quase jornalista que tenta ser cinéfilo. O objetivo aqui é escrever resenhas de filmes, séries e de outras coisas aleatórias. Amante de futebol.