Polarização política ainda tem impacto nos grupos de famílias e amigos
Discussões políticas têm afastado as pessoas desde as eleições de 2018
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A socióloga Paula Pimenta acha que a polarização política não afastou as pessoas. “Eu penso que com o Bolsonaro as ideias mais intolerantes, racistas, preconceituosas deixaram de ser preconceitos e passaram a ser opinião”, comentou Paula.
Ela diz conhecer que pessoas que se afastaram dos parentes, enquanto outras ainda mantém contanto.
Heloísa Pedrosa votou pela primeira vez em 2018, ano em que a polarização política mais feroz ganhou força. Ela relata que as relações familiares mudaram desde bastante nos últimos anos, isso no grupo de Whatsapp e nos encontros ao vivo. “A gente não fala mais de política no grupo de Whatsapp da família. Na verdade, muita gente pouco fala no grupo qualquer coisa. Ficou bem estranho”, explicou Heloísa. Paula acha que não há como evitar as discussões entre familiares e amigos nas eleições que estão por vir. Ela dá como exemplo o governo Bolsonaro. “Todos sentem os efeitos do governo Bolsonaro, na gasolina, no imposto sob o consumo. Basta ir ao supermercado que já rola uma discussão política”, exemplificou Paula.
Sobre as eleições deste ano, Heloísa projeta um clima mais amistoso em sua família. “Acho que todo mundo está um pouco desgastado por causa desses últimos 4 anos, por isso vão procurar falar o menos possível sobre eleições e candidatos”, disse ela.
A socióloga finaliza dizendo: “Democracia é isso. As pessoas tem escolhas, por isso geram os conflitos. E que bom que temos escolhas. Enquanto estivermos vivendo em um modelo democrático há embates”, falou Paula.
