Porque precisamos redescobrir nossos talentos pessoais

Ariadne Aranha
Vida a partir da essência
3 min readJul 17, 2018

E eis que num momento que é de descobrir e experimentar seus talentos no mundo, no final dos anos escolares aparece a grande decisão de escolher uma profissão. Tinha tudo para ser um processo natural: ao longo do período educacional, ser estimulado a olhar pra dentro, descobrir do que gosta, pôr a mão na massa, explorar mil possibilidades, errar e tentar de novo, e assim terminar a escola e ter clareza do seu campo de estudos e trabalho preferido.

Mas a escola te ensina história mas não te ensina a conhecer melhor a si mesmo. Te ensina química, mas não te treina para ter empatia nos relacionamentos. Te ensina biologia, mas não te ensina a cuidar das próprias emoções. Te ensina matemática, mas não te passa lições de prosperidade. E você vai pra vida cheio de conhecimento teórico, e nenhum reconhecimento do propósito da sua alma.

Ah, mas não é só de matemática, português, física, química, biologia, geografia e história que vive um ser humano? Não é só isso que a gente tem que aprender pra se preparar pra vida, escolher um trabalho e ser feliz? Essas matérias tiveram seu valor para servir as demandas da industrialização. A habilidade mais valorizada na época era a inteligência intelectual, e o currículo das nossas escolas segue à risca esse modelo ainda nos dias de hoje. E não por acaso andamos por aí tristes e angustiados.

Se meu talento não é com números, línguas ou moléculas, como é que fica todo meu potencial? Se meu talento é corporal, musical, artístico, culinário, espiritual ou relacional, como é que fica meu brilho, aquilo que em mim é natural?

O formato da educação reprime os talentos, encaixota a fórmula do sucesso em tirar as melhores notas, e no meio disso tudo, sobra pouca oportunidade para se descobrir, errar e tentar de novo, criar, ousar, inovar, inventar. E a gente acaba escolhendo a profissão por livre e espontânea pressão, com pouco propósito e tesão.

Mas enquanto o sistema educacional vai se adaptando para explorar um leque maior de habilidades humanas na nova era do conhecimento, o que é que eu faço da minha vida?

Se o currículo educacional não ajudou, é momento de a gente fazer o trabalho por si só. É momento de descobrir por nós mesmos qual nosso talento natural, aquilo que só a gente sabe fazer nesse mundo. Na era digital dá para aprender sobre absolutamente tudo o que você quiser na palma das suas mãos. É momento de reaprender a aprender, porque dessa vez você é seu próprio professor, e você escolhe o que quer estudar.

É momento de reaprender a ser criativo, porque na velocidade que o mundo está mudando, em alguns anos muitas profissões vão desaparecer do mapa, e pode ser que o seu talento natural ainda não foi nomeado como profissão, e portanto não existe um modelo pronto, você que irá criar.

Então, se você ainda não encontrou suas paixões, as habilidades naturais da sua alma, seja você um jovem de 20, 30, 40 ou 50 anos, é momento de começar a investigar. O mundo precisa de nós, agentes criativos, pensando e construindo novos modelos para tudo. Bora trabalhar pelo novo?

Uma das minhas paixões nesse mundo é inspirar as pessoas a encontrar seus talentos e trilhar um caminho com mais propósito. Se você está nessa busca, eu posso te ajudar. O que te move? Bora investigar?

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Ariadne Aranha
Vida a partir da essência

por mais culturas mais criativas, colaborativas e sustentáveis