Diz que fui por aí…

Eu sabia o que eu precisava, nunca soube o que queria.
Queria tudo ao mesmo tempo e me perdia entre flores e brilhos passageiros.
Uma vez você me disse que eu te machuquei demais. Eu não pedi desculpas.
Não pedi porque meu mundo nunca foi igual ao que você via.
Me perdia todos os dias dentro de uma cabeça labirinto.

Nunca fui capaz de suprir suas expectativas, você disse. Quem dera fosse esse o grande mistério!
O mistério tava em mim, com o maxilar travado, o coração atirado, a cabeça cheia de muros.
Precisei devastar alguns corações para conhecer o meu, soe egoísta a quem soar.
Foi me testando que procurei me encontrar.Não achei.
Sempre fui contradição, natureza de bicho sozinho.

Me disseram que o primeiro passo para me achar era saber o que eu queria.
Só que eu nunca fui adepta de passo a passos e levaria a vida toda para responder esta pergunta.
Eu precisava de amor, do amor dos burros e dos solitários. Do amor daqueles que se apaixonam de se jogam entre abismos.
Meu corpo todo gritava por amor,minha cabeça disparava e o coração se escondia.

No meu mundo de lendas e cancões, jamais me encontrei, mas aprendi a me perder.