O Poder de Pregar
‘Eu mesmo, irmãos, quando estive entre vocês, não fui com discurso eloquente nem com muita sabedoria para lhes proclamar o mistério de Deus . Pois decidi nada saber entre vocês, a não ser Jesus Cristo, e este crucificado. E foi com fraqueza, temor e com muito tremor que estive entre vocês. Minha mensagem e minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria, mas em demonstração do poder do Espírito, para que a fé que vocês têm não se baseasse na sabedoria humana, mas no poder de Deus. ‘
1 Coríntios 2:1–5
No capítulo 17 do livro de Atos dos Apóstolos, está descrita a história de quando o Apóstolo Paulo pregou diante do Areópago de Atenas. Paulo, um homem intelectual com formação no direito romano, filosofia grega e moral judaica, estava na cidade que era centro do intelecto do império romano, pregando para o conselho da Sabedoria do local.
Atenas, além de ser um centro intelectual e acadêmico da época, também era cheia de idolatria (Atos 17:16). Paulo estava lá por acaso, mas indignado com a idolatria, começou a pregar para os judeus na sinagoga e para toda a cidade de Atenas nas praças (Atos 17:17).
Quando foi levado ao Tribunal da Sabedoria de Atenas, ele pregou para filósofos como os epicureus ou os estóicos (Atos 17:18). Diante deles, Paulo começa uma das pregações mais brilhantes descrita nas Sagradas Escrituras.
Primeiro, Paulo começa falar diretamente ao povo de Atenas, usando o "deus desconhecido" deles para falar sobre o único Deus verdadeiro. Um Deus que eles não conheciam e que não era como os deuses deles, criados por mãos humanas, mas era um Deus que havia criado todas as coisas (Atos 17:23–26).
Depois Paulo rebate os epicureus que acreditavam que os deuses eram indiferentes a humanidade dizendo que, na verdade, Deus buscava se revelar ao homem (Atos 17:27). Em seguida ele concorda com a tese dos Estoicos, que acreditavam que deus estava em todas as coisas, dizendo que Nele vivemos, nos movemos e existimos (Atos 17:28), mas com a diferença de que, por meio do pecado, não estamos mais em harmonia com Deus (Atos 17:31).
Dentre as palavras que Paulo usa, ele faz ilustrações que parecem ser de um poeta cretense da época chamado Epimênides. Depois, faz referência ao um outro poeta, chamado Aratus da Cicília.
Por fim, Paulo começa a falar de Cristo Jesus. O Cordeiro que ressurgiu. Paulo usa poesia, filosofia, história, para falar aos atenienses sobre Cristo desde a criação de todas as coisas, até a ressureição e consumação na cruz.
Mas, ao ouvir sobre a ressureição, as pessoas começam a zombar dele. Muitos desanimam de ouvir a mensagem. Os atenienses não se atraiam pela ideia de ressuscitar em corpo, eles achavam que uma imortalidade sobrenatural ou transcendental era muito mais atraente.
O capítulo 17 do livro de Atos termina citando que apenas alguns creram com a mensagem brilhante de Paulo. O capítulo 18, inicia falando que após tudo isso, Paulo vai para Corinto.
O versículo que temos no início desse artigo mostra Paulo descrevendo essa ida para Corinto após a sua pregação em Atenas. Paulo escreve que, quando foi pregar aos Coríntios, diferentemente do que fez em Atenas, renunciou a todo conhecimento humano, de toda sabedoria e se esqueceu de tudo, menos de Cristo Jesus, o Crucificado. Em vez de usar argumentos astutos, ele escreve que se firmou no poder do Espírito.
Não necessariamente, Paulo, pregou sem o Espírito Santo em Atenas. Sua pregação tinha sido Cristocêntrica, falando sobre Cristo e sobre Deus desde a criação de todas as coisas e finalizando seu discurso falando da ressureição do nosso Senhor.
Paulo justifica isso na mesma carta aos Coríntios, quando logo depois de falar que esqueceria de tudo a não ser Cristo, ele também diz que a sabedoria é para os que são maduros na fé (1 Coríntios 2:6).
Mas o que Paulo nos ensina é que, independente de para quem está sendo pregado, o essencial é pregarmos através do poder do Espírito Santo. Paulo nos ensina sobre um poder do Espírito Santo muito enfatizado nas Sagradas Escrituras, mas pouco reconhecido: O Poder de Pregar o Evangelho.
‘…E, agora, essas boas-novas lhes foram anunciadas por aqueles que pregaram pelo poder do Espírito Santo enviado do céu. É algo tão maravilhoso que até os anjos anseiam observar. ‘
