American way of life

Minhas impressões de 2 meses vivendo em Austin/TX

Rubens Castro
Vivendo no Texas

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No próximo dia 6 completam-se dois meses que cheguei à terra do Tio Sam. Este é maior tempo que passei longe dos meus pais, dos meus amigos e da minha cidade. E o que eu posso dizer sobre esta experiência até agora?

Choque cultural

Polar Drive, a rua onde tô morando

Uma coisa é você ver o American Way of Life em um filme dos anos 90, onde o personagem acorda numa vizinhança com um gramado impecável, toma um café da manhã que envolve ovos e bacon e cumprimenta com um sorriso e um bom dia o vizinho. Outra coisa é você viver isso, e eu fiquei surpreso em ver que a vida real é tão fiel quanto nos filmes: os gramados são bem cuidados, as casas não tem grandes portões de ferro e os vizinhos são todos gentis e sorridentes. Chega a ser estranho haha.

E esta é a casa onde vivo, parece coisa de filme hue

Além disso, estes americanos sabem como viver. Itens que são considerados dispensáveis (ou de luxo) no Brasil, como torneira com água quente, ar condicionado e aquecedor dentro de casa, lava-louças e secadora de roupas são objetos que qualquer casa básica que se preze por aqui deve possuir.

Austin

Além de ser a cidade onde moro, também é a capital do estado do Texas.

É relativamente pequena para uma capital: tem apenas 700 mil habitantes, em sua maior parte estudantes da UT (Universidade do Texas em Austin), que também é toda a galera da AIESEC Austin que está me recebendo e me ajudando com o que preciso, principalmente em termos de não me deixar sozinho. A foto ao lado foi feita durante o Food Truck Tuesday, um evento onde vários caminhões que vendem comida se reunem num parque após o expediênte da terça-feira. E falando em não me deixar sozinho, nas primeiras semanas foi muito engraçado, porque praticamente todo dia eu recebia uma ligação de uma pessoa diferente, que eu não conhecia, me perguntando o que eu ia fazer nesta noite e me convidando pra sair fazer alguma coisa. Bem, por sorte eu ainda não fui sequestrado e meus órgãos não foram vendidos no mercado negro.

Tipo de gente que você encontra na 6th Street

Depois de uma dessas ligações surpresas, me levaram para conhecer a famosa 6th Street. Um lugar diferente (por falta de palavra melhor) com pessoas de tudo quanto é jeito fazendo todo tipo de coisa. Além disso, rua também é conhecida pelos seus bares e clubes.

Austin também possui uma quantidade incrível de parques e áreas naturais. Até agora conheci o Zilker Park, o Green Belt Park, Jacob’s Well e Enchanted Rock, sendo estes dois últimos há mais ou menos 1 hora de Austin. Falarei sobre eles num próximo post.

Trabalho

Mas nem tudo são flores na vida de Joseph Climber e eu estou aqui para trabalhar (sério, hue).

Fahrenheit Marketing, agência de marketing digital

Esta é a entrada da Fahrenheit Marketing, a agência de marketing digital onde estarei trabalhando como designer/web developer por 1 ano e meio, se tudo der certo. É uma agência pequena, com apenas 8 funcionários (4 americanos, 3 brasileiros e 1 Koreano). O foco costumava ser criação de conteúdo e SEO, mas agora é web design e programação (chupa).

Até agora, esse foi o maior choque que tive aqui na América: a relação trabalho-amizade dessa galera é muito estreita. Ao contrário do Brasil e dos lugares que trabalhei como a Atua, que fiz amigos para a vida inteira, aqui o pessoal é bem reservado em termos de sair tomar uma cerveja depois do trabalho, assim como também pouco conversam durante o expediente. Mas já ouvi que isso vai de empresa pra empresa e que tenho liberdade pra tentar mudar isso, e em breve meu plano Implanting the Zuera (Implantando a Zuera) entrará em ação.

Bem, por enquanto é isso. Minha ideia é manter isso aqui atualizado pelo menos duas vezes por mês, conforme for surgindo assunto.

Até!

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