Brasil, Turquia, Iraque, Perú, México, Índia, Japão, China

Sobre diversidade cultural. VAI TER COPA SIM

Rubens Castro
Vivendo no Texas

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Um brasileiro, um turco, um iraquiano, um peruano, um mexicano, um indiano e um americano entram num bar.

Parece começo de piada, mas na verdade é só a descrição do início da noite do meu aniversário, que foi gentilmente não-esquecido por pessoas das nacionalidades acima listadas.

O acolhimento e boas-vindas que essa galera demonstrou é algo incomum: todos muito gentis e prestativos, fazendo favores sem esperar nada em retorno. Bem o contrário do que eu tinha ouvido sobre os norte-americanos, e sem dúvidas um dos primeiros paradigmas a ser quebrado.

Restaurante Texmex (mistura de comida Texana com Mexicana)

Uma das vantagens de fazer um intercâmbio pela AIESEC é que você acaba conhecendo gente do mundo todo. E esse fator se multiplica quando se trata da AIESEC Austin, que é composta 100% de alunos da Universidade do Texas. Esta multiplicação acontece porquea própria universidade está lotada de estudantes internacionais, ou seja, acabo ficando num ambiente com intercambistas da AIESEC e intercambistas da UT. Nestes últimos dois meses aprendi muito mais sobre europa e ásia em bares do que nas aulas de história e geografia do ensino fundamental.

E independente do país de origem do cidadão, todos que eu conheci foram muito prestativos. Me ofereceram carona para o trabalho todos os dias, mesmo sendo fora de rota para a pessoa. Me ajudaram a procurar lugares para morar, a ir nos Walmarts da vida pra comprar porcarias para comer (mentira, mãe) e embora a saudação com beijinho no rosto não seja comum aqui, o abraço é indispensável.

NOM NOM NOM NOM NOM I LOVE CAKE!!11

Essa bondade ficou evidente no meu aniversário: além de ganhar um bolo de melância e um jantar surpresa japonês (ae Filipe, agora eu gosto!), fui presenteado com uma bicicleta (que eu tinha comentado com eles que estava pensando em arranjar), acompanhada com trava de segurança e tudo mais.

Acho que o porquê de tanta galera de países diferentes aqui pode ter relação com os costumes alimentares (ou ausência de) por aqui. Explico.

Os Estados Unidos tem pouco mais de 200 anos, ou seja, a maioria dos habitantes tem parentes próximos que são imigrantes (principalmente mexicanos, gente, quantos mexicanos). E essa imigração em massa (de tudo quanto é lado, principalmente do México) não permitiu que o país formasse uma tradição em alguns aspectos: é aí que entra a comida.

Chore no break-fast taco

Eles não tem um alimento “padrão” nas refeições, como o arroz e feijão. Some isso ao fato de que eles não tem plantação de grãos, cana de açúcar, e tudo o mais e pronto: vamos comer Tacos no café da manhã, sanduba no almoço e sabe-se lá o que no jantar.

Por outro lado, isso foi bom pra mim, que me forcei a experimentar comida mexicana, japonesa, chinesa, tailandesa (nojo), turca e árabe. A preferida por enquanto são os break-fast Tacos, que normalmente são feitos de ovos, bacon, queijo e batata e não custam mais de U$2 cada e, infelizmente, a maioria dos lugares só os servem no café da manhã.

Até!

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