O poder da palavra de Criolo

Vivendo Hip Hop
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2 min readSep 18, 2020

Há mais de 30 anos, Kleber Cavalcante, o Criolo, contribui para a cultura Hip Hop - seja criando, seja inspirando. Autor de grandes discos e canções, é referência para qualquer um que aprecia a arte brasileira.

Entre os assuntos abordados pelo artista, um deles é a esperança: “as pessoas não más, elas só estão perdidas; ainda há tempo”. Ao conhecer a sua história, se entende com maior clareza o porque de cantar sobre isso. Criolo conta que o disco “Nó na Orelha”, de 2011, seria sua despedida da música e serviria como um registro pessoal, para a família e amigos, do que havia feito pela cultura.

Acontece que, no processo de criação, se encontrou com Ganjaman e Marcelo Cabral. Ao se depararam com algo grandioso, contribuíram para a produção da obra, que veio a se tornar um dos discos mais emblemáticos dos últimos anos da música brasileira. Foi de fato a abertura de portas para outros grandes trabalhos.

É incrível a capacidade do artista em conseguir retratar, de tantas formas, o cotidiano de luta de um povo marginalizado. De maneira única, descreve o sensorial e o impalpável em rap, samba e mpb — embora alegue que, independente do quê e como esteja escrevendo, sempre vai estar fazendo um rap.

Arte caminha junto com liberdade, e o trabalho de Criolo demonstra bem isso. Artista multifacetado que é, nos últimos 3 anos caminhou pelo samba no disco “Espiral de Ilusão”, fez voz para a quebra de padrões em “Etérea” e, esse ano, lançou um EP com Milton Nascimento, que, entre as faixas, deram uma nova roupagem à clássica “Cais” — música que Milton lançou há 48 anos no álbum “Clube da Esquina”.

“A força da arte nos acolhe, nos abraça, aquece, leva alívio, sugere reflexão. Quando essa reflexão vem, cada um vai se percebendo e percebendo o mundo a sua volta”.

Um pouco do que é Criolo, uma das maiores inspirações aqui pro Vivendo Hip Hop.

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