Com redações reduzidas, demissões de jornalistas caem em 2016

Pelo menos 180 jornalistas já foram dispensados até setembro deste ano, segundo mais recente levantamento do Volt Data Lab

Sérgio Spagnuolo
Volt Data Lab
2 min readSep 29, 2016

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Acesse aqui a versão interativa da Conta dos Passaralhos

As demissões de jornalistas caíram significativamente em 2016, e, salvo algum enorme passaralho que possa ser efetuado ainda neste ano, devem ficar bem aquém de 2015 — ano no qual 685 jornalistas foram demitidos de redações e um total de 2.600 pessoas (incluindo jornalistas) perderam o emprego em empresas de mídia.

No entanto, a queda nas demissões deve ser vista com cautela. Após os milhares de desligamentos efetuados em 2015, as empresas jornalísticas agora têm pouco espaço para cortar profissionais — sob o risco de simplesmente ficarem com redações vazias.

Foi o que aconteceu com o Jornal do Commercio, diário mais antigo da América Latina que fechou as portas completamente e demitiu toda sua redação.

Outras redações fizeram "ajustes" neste ano também, seja realizando efetivamente um passaralho e fechando editorias ou demitindo jornalistas com salários mais altos. Leia aqui recente reportagem do Brazil Journal sobre o assunto.

Veja abaixo alguns gráficos sobre a conta de demitidos em redações e empresas de mídia no Brasil neste ano e desde 2012, de acordo com levantamento baseado em relatos da imprensa especializada. Para ver a metodologia, clique aqui.

Para gráficos interativos, acesse a Conta dos Passaralhos

20 empresas que mais demitiram jornalistas desde 2012
Empresas que demitiram jornalistas em 2016

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Sérgio Spagnuolo
Volt Data Lab

Jornalista, editor e fundador da agência de jornalismo Volt Data Lab (www.voltdata.info). Coordenador do Atlas da Notícia, uma iniciativa sobre jornalismo local