Como a Voltz está evoluindo o IoT
Começo do IoT
O conceito IoT refere-se à integração de vários componentes como sensores, gadgets, nuvens e aplicativos em objetos, com objetivo de simplificação ou resolução de um problema. A primeira implementação desse conceito pela primeira vez foi na década de 1980, em uma máquina de venda automática a fim de rastrear seu conteúdo remotamente, segundo o artigo da IBM. Enquanto o termo “Internet das Coisas”, do inglês internet of things (IoT), foi mencionado em 1999 pelo cientista Kevin Ashton do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) para rastreamento de produtos em uma cadeia de suprimentos.
Contudo, a primeira revolução tecnológica sustentada pela internet das coisas foi no segmento da telefonia celular em 2007 no lançamento do primeiro iPhone, um celular com câmera, acelerômetros, touchscreen e, a cereja do bolo, conexão com a internet. O tamanho do sucesso da do primeiro objeto inteligente produzido em larga escala faz parecer impensável um consumidor usual comprar um celular sem acesso a uma rede móvel ou wifi nos dias de hoje.
Internet das coisas na indústria automotiva
A indústria automotiva é centenária e uma das mais importantes do planeta, devido ao consumo de outros produtos manufaturados, é um dos principais impulsionadores industriais. Sem o setor automobilístico, é difícil conceber a sobrevivência da manufatura de qualquer país no mundo.
O primeiro grande passo da Internet das Coisas para automóveis foi dado pela Chrysler ao apresentar um sistema compatível com Bluetooth em seus carros no ano de 1999. Hoje, a capacidade de Bluetooth em um carro é quase uma obrigação para os consumidores. Apesar disso, a indústria automotiva é reconhecida por sua característica conservadora, portanto é esperada uma revolução tecnológica mais lenta e gradual do que a experienciada nos smartphones.
Espera-se que o mercado de IoT no ramo automotivo atinja USD 541,73 bilhões até 2025, sobretudo nas áreas que impulsionam a demanda por veículos conectados relacionadas às experiências de direção mais seguras, eficientes e convenientes. Outros importantes segmentos são os de previsão de tráfego, gerenciamento de frotas, manutenção preditiva e infotainment.
A corrida por questões de segurança em automóveis ficou mais evidente quando bigtechs como a Google em 2009 começaram a testar carros autônomos. Atualmente, os grandes players neste segmento são Waymo, GM Cruise, Argo AI, Tesla, ZOOX, UBER e empresas chinesas como Baidu e AutoX, além das tradicionais montadoras de veículos que possuem sistemas de direção assistida.
Voltz e IoT
A relação entre a Voltz e Tecnologia 4.0 começa concretamente já no segundo ano de vida, com a percepção de que os problemas encontrados pela micromobilidade, sobretudo em cima de duas rodas, só poderiam ser resolvidos por meio da tecnologia. A partir dessa ideia foi criado uma área chamada IoT and Mobility Solutions com o escopo de observar e propor soluções para as adversidades encontradas todos os dias por quem pilota motocicletas, por vezes relacionadas a hostilidade no trânsito e violência urbana.
Muitas dessas dificuldades identificadas são reflexos de muitos anos de defasagem da própria indústria, sendo nítido na tecnologia embarcada utilizada nos modelos de motos comercializadas no Brasil. Durante mais de 20 anos sem mudanças expressivas, apenas mudanças estéticas ou para cumprimento de legislação, fica ainda mais claro quando comparamos com veículos quatro rodas, restando apenas uma vanguarda de subdesenvolvimento e problemas sem solução.
Entendendo a situação, fica mais nítido a gravidade das consequências do problema como quebras sequenciais de recorde de acidentes, em 2020 foram 167 mil eventos, o mesmo acontece com roubos de motos, para alguns modelos o crescimento foi de 31% apenas em 2021. Isso acaba gerando danos em todo o ecossistema, desde a compra da moto, por dificuldades no financiamento, até a dificuldade de contratação de serviços, como seguros a preços proibitivos.
O questionamento agora deve ser: o que tem a ver esses problemas com defasagem de tecnologia financiada pela indústria? E a resposta é simples, hoje existem possibilidades de mitigação ou até solução de muitas das consequências desses problemas, algumas dessas, inclusive, já adotadas por alguns consumidores por conta própria, como os famosos rastreadores.
A Voltz está se propondo a ser a pioneira não só na implementação da mobilidade urbana elétrica, mas também na utilização de tecnologias que vão facilitar o dia a dia de todos os usuários de motocicletas no Brasil, hoje marginalizados. Trazendo mais conforto e, sobretudo, mais segurança.
Para atingir esses objetivos nós, a Voltz, temos investido fortemente em pesquisa e desenvolvimento de soluções utilizando IoT, IA e processamento de dados, com alguns resultados já experienciados pelos usuários, como conexão com a moto por 4G, controle por aplicativo, modos fortificados de antirroubo e localização da moto. Outros estão já no radar para desenvolvimento, como a aquisição do padrão de comportamento de pilotagem para previsão de acidentes com IA. Métodos avançados de ADAS com radares, assistências de pilotagem, percepção de perigo, head up display no capacete e outros. Outro recente avanço foi a criação de um centro de pesquisa e inovação tecnológica em parceria com a UFPE, nossa conterrânea.
Prevemos um ano de 2023 bem movimentado em lançamento e inovações, deixando para trás o tabu de que a indústria de motocicletas gera apenas produtos marginalizados em países subdesenvolvidos, para começar a fazer parte da produção intelectual do planeta.