Guiando a concentração

Natalia Onetta
Voz e Vez
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3 min readMay 31, 2016

Nossa mente é mais poderosa do que pensamos

Sessão de hipnose movimentou o Largo da Ordem.

Nos dias 29 e 30 de maio, foi realizado um curso de hipnose em Curitiba. Os participantes eram de vários estados e se conheceram pela internet. Depois do curso eles foram para o Largo da Ordem, ponto turístico da capital paranaense, com o objetivo de praticar a hipnose e difundir a prática, alcançando aqueles que ainda não a conheciam ou tinham outras ideias sobre a atividade.

Mas o que vem a sua cabeça quando se fala em hipnose? Muita gente tem medo e várias dúvidas sobre o que acontece por trás do procedimento, mas na realidade tudo é feito pelo comando da nossa mente. Os hipnotizadores funcionam apenas como guias para nossa concentração. E é isso que explica Juliano Pinheiro.

Andrew Pedroso complementa dizendo que fazemos apenas o que queremos. “Se eu falar pra você ir e bater a cabeça naquela parede ali, você não vai, porque você não quer isso, você sabe que não é o certo a se fazer”.

A hipnose é uma prática rodeada por tabus e descrenças. Muitas pessoas acreditam que ela é usada por charlatões, que é tudo combinado ou que é ligada a alguma religião. Pablo Carpejani, um entusiasta da atividade, conta que é comum fazerem essa ligação da hipnose com a religião, mas que isso não passa de um mito.

João Guilherme de Oliveira é de Curitiba. Ele conta que começou a aprender a prática pela internet. Aquele dia foi seu primeiro curso de hipnose. “Tudo é concentração, só concentração. A gente precisa aprender a se concentrar para ajudar vocês a se concentrarem no processo e alcançarem a técnica aplicada em cada hipnose”, explica.

Hipnotizadores conversam com as pessoas sobre a técnica.

Alberto Dell’isola estava no evento. Ele é campeão brasileiro de memorização e recordista latino-americano. Além disso, é psicólogo e trabalha explorando os limites da mente. Em meio à correria do cotidiano e seus outros projetos, ele ainda arruma tempo para promover a hipnose, seja nas ruas ou em seu canal no YouTube, o Supermemória, que hoje conta com mais de 168 mil inscritos. Quando perguntado o que ele ganhava com aquela espécie de ação na rua, a resposta foi objetiva: “Nada! Estamos aqui para promover a hipnose”.

Natalia Onetta participando da atividade.

As técnicas utilizadas variam bastante. Elas podem ser usadas para colar seus dedos e, mesmo tentando, você não conseguir separá-los, para grudar seus pés no chão, ficar sem voz ou, dependendo do ponto de sua concentração, é possível esquecer o próprio nome. Além dessas, que parecem ser as mais simples, a hipnose também é usada para tratar casos de depressão e traumas, trabalhando com a mente da pessoa para a melhora.

Porém, mesmo sendo uma prática fascinante, antes mesmo da curiosidade, desperta o medo em muita gente, mas basta alguém ter coragem de participar da hipnose que esse sentimento logo acaba e dá lugar a uma fantástica experiência.

Nossa equipe participou da sessão de Hipnose e conta como foi a experiência. Renan, Natalia, Andressa e Roberta ficaram surpresos com os resultados da técnica.

Fotos por: Andressa De Carli e Roberta Petrosk

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Natalia Onetta
Voz e Vez

19. Acadêmica de Jornalismo. Redatora de Publicidade e Propaganda e Mídia Social.