Um sentimento materializado num clique
Uma vida dedicada às fotos
Em meio a tantas profissões, a fotografia foi a que mais chamou a atenção de Sérgio Sanderson. Para ele, tudo tem um motivo familiar, claro, baseado na constelação sistêmica, prática da qual ele é adepto.
Antes de descobrir a paixão pela fotografia, ele era fissurado em mecânica, como seu pai que atuava nessa área. Veio então o desejo de entrar na área de engenharia mecânica, entretanto, também era muito ligado com a marcenaria, igual ao seu avô por parte de mãe, que trabalhava nesse segmento. Mas a fotografia já estava em seu sangue. Seus avôs e bisavôs, que eram americanos, trabalhavam na área de produção de cinema. “Todos os filhos são fiéis aos avôs”, ele comenta.
Seguindo a linhagem familiar se tornou então fotógrafo, começou ainda na era analógica. O marco de sua vida foi quando estava servindo o exército e em um desfile deram uma máquina fotográfica e pediram para que ele registrasse o evento. Apesar do nervosismo, produziu fotos excelentes. “Havia 21 soldados em cima de uma moto, cortei o pé de um, a cabeça de outro, era uma foto em movimento. Nessa época, nunca pensei que iria trabalhar com automobilismo”, conta.
Foram apenas alguns anos depois que ele começou a fazer fotos da Fórmula 2 e Fórmula 3. As primeiras fotos ele acabou entregando gratuitamente aos participantes, mas eles perceberam a qualidade do trabalho de Sanderson e sugeriram que ele comercializasse o material, até porque as imagens estavam bem melhores do que as de fotógrafos com mais experiência que cobriam os eventos há um bom tempo.
Em 1992, ele começou a utilizar câmeras digitais, foi um dos primeiros a se modernizar, já que a maioria dos fotógrafos da região aderiu a técnica apenas nos anos 2000. Atuando no automobilismo, ficou 15 anos sozinho como fotógrafo na Stock Car e 30 anos como fotógrafo oficial do evento.
Quando perguntamos sobre o amor pela fotografia, Sérgio nos questiona: “Quanto vale a sua vida? Então você faria algo que você não gostaria para sacrificar sua vida? Então tudo que você for fazer vale a sua vida, então você tem que fazer com muito amor”.
Hoje ele atua na fotografia de forma diferenciada, com maior profundidade e mais conhecimento, trabalhando com a expressão corporal da família na fotografia. “Qual o lado correto de a mulher ficar, do homem. Qual o lado que o filho ficaria da mãe”, explica.
Fotos por: Andressa De Carli e Roberta Petrosk