ViniJoe e a representatividade nos versos

Victor
vtamancio
Published in
2 min readJun 8, 2021

--

Rapper, poeta e compositor, ViniJoe, batizado Vinícius Geovane Morais de Oliveira, é um expoente da nova geração da música mineira.

Nascido e criado no Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte, Vini, que conheceu a arte através do samba, acompanhado do pai, despertou para sua grande paixão - a poesia - quando começou a frequentar eventos de Hip Hop.

Passou a escrever suas próprias poesias e conheceu o projeto cultural “Lá da Favelinha’’, onde integrou a Oficina de Rap e compôs suas primeiras canções.

O projeto deu o primeiro suporte para a carreira do Mc. Participou do disco “Mcs da Favelinha” e lá se desenvolveu muito como artista. A partir daí, Vini foi buscando seu espaço, ampliando contatos e trabalhando cada vez mais. Hoje, conta com mais de 50 composições, o EP “Numa Madrugada”, lançado em 2019, singles como “Pérola” e “Liverpool” e participações em trabalhos de artistas como Kdu dos Anjos, Douglas Din, Seat e Lafetah.

ViniJoe já se apresentou no Duelo de Mc’s do Viaduto Santa Tereza, no evento Disputa Nervosa, em live do Breve Festival, no Aniversário de 5 Anos da Favelinha, entre outros eventos.

“Minha motivação é mudança, da minha vida e da minha família. É uma melhora de condição. Mudança - seja na forma de você pensar, seja perante ao Estado, seja pessoal: não importa. Eu quero causar algo que vai te tirar do lugar, que vai te despertar, te fazer prestar atenção. Porque eu sou uma pessoa assim, tá ligado? Eu sou um cara que pinta a unha pra causar estranheza! Pinto o cabelo para as pessoas acharem estranho, para tirá-las da zona de conforto. E acaba que a minha música é isso: ela te tira do lugar, seja em que aspecto for. Eu falo muito sobre o que eu sinto”, conta o artista.

Por falar sobre o que sente, ViniJoe consegue ultrapassar lugares-comuns e rimas vazias. Seus versos são sempre cheios de força, verdade e representatividade. Fala sobre si, sem deixar de falar sobre os seus. Quando seu instinto sagaz nas linhas se mistura com a contundência das canções, nascem músicas fortes.

“Somos reis, somos faraós
Representar é meu hábito, te levo ao óbito
Deixo um salve pros irmãos de cor
Quem tem o mapa do tesouro na trança Nagô”
ViniJoe, em Dimenor

--

--