Meu verão no Summer Academy da VTEX

Gabriel Kozlowaski
VTEX Tech
Published in
4 min readDec 19, 2016

Minha experiência como padawan de desenvolvimento de software

Durante o verão de 2016 participei como desenvolvedor do Summer Academy da VTEX e venho agora compartilhar minha experiência.

O processo seletivo do academy foi bem diferente das minhas experiências anteriores — não tive entrevistas com funcionários de RH, dinâmicas de grupo ou perguntas sobre meus maiores defeitos e qualidades. Depois de aplicar para a vaga, fui convidado a fazer uma entrevista (com um code challenge) conduzida por duas pessoas da minha área.

A entrevista teve um roteiro que foi enviado pra mim dias antes, o que me deixou muito mais seguro e tranquilo. Me pediram que elaborasse 5 perguntas sobre a empresa a serem feitas durante a entrevista, uma ótima oportunidade para pesquisar sobre a empresa e conhecer melhor a VTEX antes de entrar.

Os primeiros passos

Cheguei no terceiro dia do Summer, ou seja, um pouco nervoso e inseguro. Isso logo passou quando conheci os outros Summers e a equipe da VTEX. Todos foram super simpáticos e me receberam super bem. Perdi algumas partes do processo inicial, como a apresentação dos módulos da plataforma e da equipe, mas ao longo dos primeiros dias consegui repor esse conteúdo perdido.

No meu primeiro dia compramos em lojas VTEX para entendermos o fluxo de compra dentro da plataforma: foi muito interessante ver como funcionavam as compras em um e-commerce por baixo dos panos.

Depois disso veio o processo de brainstorm, onde passamos uma tarde inteira pensando em ideias de projetos que poderíamos fazer pelos próximos 2 meses, baseado naquilo que achávamos interessante e que estariam alinhados com necessidades da empresa. Fizemos uma lista com mais de vinte opções e conseguimos reduzi-la a cinco. Depois de uma votação, decidimos fazer um módulo de avaliação de produtos.

Escolhemos esse projeto por ser uma aplicação que as lojas utilizavam muito e tinham de desenvolver soluções próprias, já que a VTEX não oferecia uma. Além disso, parecia um projeto com uma complexidade capaz de trazer desafios em todas as áreas (backend, frontend e design).

A jornada

Com o projeto definido, o passo seguinte foi definir um MVP (Minimum Viable Product), listando em uma planilha todas as funções que gostaríamos que a aplicação tivesse e selecionando aquelas que consideramos indispensáveis.

O passo seguinte foi a escolha das tecnologias que usaríamos. Decidimos por React para o front e NodeJS para o backend. Com os conceitos do projeto bem definidos, partimos então para a aprendizagem e desenvolvimento.

Nos dias seguintes tivemos workshops sobre Git (sistema de controle de versão), REST (arquitetura de comunicação HTTP), NodeJS (plataforma de desenvolvimento server-side em JS), React (biblioteca de desenvolvimento de UI) e Redux (container de estados para aplicações em Javascript). Tivemos também workshops sobre módulos e APIs da própria VTEX com as quais teríamos que conversar para realizar autenticação, registrar e recuperar informações de usuários.

Ao longo do desenvolvimento diversos desafios surgiram. Prazos que definimos e não conseguimos cumprir, soluções que precisaram ser redefinidas porque os cenários na prática eram diferentes da teoria, entre outros problemas.

Com a mentoria do time da VTEX, os problemas se tornaram ótimos ensinamentos de como as coisas ocorrem em um projeto real, onde quase nunca as coisas saem exatamente como o esperado. A experiência de ter a ownership de um projeto me trouxe um aprendizado não apenas técnico, mas também de trabalho em equipe, foco e organização.

Ao longo do desenvolvimento diversos desafios surgiram. Prazos que definimos e não conseguimos cumprir, soluções que precisaram ser redefinidas porque os cenários na prática eram diferentes da teoria, entre outros problemas.

O ambiente

O ambiente que encontrei na VTEX vai muito além do descontraído e despojado. É um ambiente com um paradigma organizacional que dá liberdade com auto-gerenciamento, não te inibe de ser você mesmo e substitui a relação de subordinação com os colegas mais experientes por uma relação de admiração e mentoria.

O final

Com a finalização do projeto (que ocorreu algumas horas antes da apresentação), fizemos uma apresentação para toda a empresa na Demo Friday, evento da empresa onde as equipes apresentam toda sexta-feira o que tem feito.

Depois da apresentação, recebemos feedbacks individuais e a decisão de quem ficaria para o estágio regular. O nervosismo da apresentação deu lugar a uma imensa felicidade, quando recebi a notícia de que continuaria fazendo parte do time da VTEX.

Na semana seguinte, fui para a equipe do Render, que desenvolve o framework de desenvolvimento de interfaces da nova plataforma, onde estou até o momento.

A experiência do Summer mudou minha vida profissional e pessoal. Nela, aprendi várias coisas que foram e estão sendo essenciais na minha vida profissional, conheci pessoas incríveis, das quais tenho grande admiração, e fiquei muito feliz por poder continuar trabalhando e aprendendo com elas.

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