Faça a coisa certa — Spike Lee

Hudson Araujo
vulgo H.A.S opina
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2 min readAug 12, 2021

Da série: Arte Negra Importa

Em um bairro de Nova York, moradores passam pelo dia mais quente do ano enquanto lidam com várias tensões e conflitos.

Poucos filmes foram tão visionários como Faça a Coisa Certa, mesmo 30 anos depois de seu lançamento, continua atual, relevante e controverso.

É possível dizer que não há um protagonista, mas que o bairro todo é o personagem vital. A montagem e direção é arranjada de forma dinâmica, sempre há algo acontecendo, tanto visualmente quanto em roteiro, onde os conflitos são claros e palpáveis.

Em um primeiro momento, o filme pode até parecer que não tem nenhuma narrativa central, mas com o passar da trama o principal conflito fica claro: a tensão racial é o que cria a maioria das interações do filme, e, com uma linguagem provocante, o diretor mostra como brancos, negros, asiáticos e ítalo americanos são encurralados na sociedade americana, se tornando muitas vezes violentos uns com os outros.

Porém, ao final fica claro como existe uma estrutura social que trata diferencialmente o negro, mostrando que: apesar de qualquer um nos EUA que não siga a etnia dita como “padrão americano” sofra preconceito e pressão social, o negro é o primeiro a sofrer o real dano.

Aqui, fica evidente a desigualdade racial, retratando uma realidade que aconteceu antes do filme e que continua se repetindo até hoje. Diante disso, a pergunta que ecoa é: qual é a coisa certa a se fazer?

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Hudson Araujo
vulgo H.A.S opina

Estudante de Letras, (inglês português), Redator, Escritor e outras coisas mais.