Fale com o Xerife!!
Como esse papel ajuda a no onboarding, ownership e operação de incidentes emergenciais
Então, qual foi o problema que enxergávamos?
Com o aumento de times e demandas de produto, começamos a sentir nas retrospectivas a necessidade de endereçar algumas tarefas que não se encaixavam muito bem em nossas estruturas de times.
Nesta época tínhamos somente times de produto organizados em um formato de squads e chapters e não tinhamos um time de “devops” definido.
Também, as demandas de infraestrutura estavam crescendo.
Além disso, precisávamos que novos integrantes dos times tivessem contato com nossos pipelines de deploy, entendessem nossa arquitetura de cloud e se sentissem mais seguros para operar, investigar e sugerir mudanças no processo de desenvolvimento, testes e entrega.
Tá, mas de onde surgiu esse nome???
Inicialmente chamamos de devops da semana. Só que esse nome era um pouco restritivo para as responsabilidades que queríamos atribuir.
E xerife tinha também um mindset de empoderamento e engajamento muito interessante para o propósito deste papel.
Precisávamos de um nome que pudesse receber inúmeras atribuições conforme elas surgiam. Algo como um guardião final…
A idéia então começou a ganhar adeptos e fazer sentido…
E foi em julho de 2019 que “oficializamos” para nosso canal interno de tecnologia nosso papel de xerife:
De lá para cá, cada chapter delimitou as responsabilidades do xerife conforme suas necessidades…
Chapter QA
Matheus Angellos, QA Lead: “Vejo que o papel de xerife tem diversos impactos extremamente positivos. O senso de ownership acho que é o maior deles, onde a pessoa tem que estar muito atenta a tudo que ocorre, sabendo que ela querendo ou não é a responsável por aquilo que está subindo, portanto a régua tem que estar sempre muito alta. Também é necessário muitas vezes a análise de quais problemas são de fato impeditivos, quais podem ser contornados futuramente, impactos de outros times que não somente o seu que também estão envolvidos naquele deploy. A necessidade também de ser um ponto de contato com outros xerifes e também todas as pessoas da Warren é algo que faz com que a pessoa saia da zona de conforto, pois sabemos que nem todos se sentem confortáveis com isso, mas é um baita aprendizado. Em relação a novas pessoas que vão chegando, vejo como super positiva essa primeira participação, com o devido suporte é claro, para que desde o princípio a pessoa pegue contexto do produto, das pessoas e dos fluxos da empresa como um todo.”
Olha alguns itens de responsabilidade do xerife de qualidade:
- Acompanhar instabilidades gerais
- Acompanhar o andamento do processo de deploy para STG na Sexta
- Validar o ambiente de STG segunda pela manhã e ir atrás dos xerifes das outras squads e da infra cloud (Oliveira — quase sempre ele) pra garantir que esteja tudo ok
- Acessar os ambientes de STG
- Acessar a intranet e conseguir fazer buscas e pesquisas tanto no cadastro como no geral
- Acompanhar os impedimentos que surgirem durante os testes e acessar os xerifes
- Fazer a liberação do deploy, comunicando nos canais #xerifes-and-qas e #dev-geral, para que seja transparente a todos
- Fazer o acompanhamento até o deploy virar para produção, o que pode ser feito até remotamente e após o deploy, em produção executar teste de fumaça, realizando login e navegando em uma conta real (pode ser a sua mesmo)
Chapter Android
Onboarding: “O xerife é o papel no chapter responsável por manter a ordem e os bons costumes do nosso pipeline. O principal objetivo é monitorar crashes, garantir que as branches estejam sempre syncadas e organizar nossos milestones semanais no github.”
Chapter iOS
Onboarding: “O xerife é o papel no chapter responsável por acompanhar o andamento dos deploys, fazer rollout do app para a loja e monitorar crashes e bugs. Cada um de nós fica 1 semana no cargo para garantir que tudo ocorra dentro da lei.”
Chapter Core
Paulo Immig, Tech Lead: A iniciativa do “xerifado” foi criada com o intuito de resolver um problema pontual que era dividir a carga de trabalho que acabava sobrecarregando algumas pessoas chave. No fim das contas o resultado acabou sendo ainda melhor do que essa “rotatividade” de carga de trabalho, acabou se tornando uma prática que acelera a absorção de conhecimento dos novos colaboradores da nossa arquitetura/infraestrutura como um todo, aumenta o ownership e abre espaço para que todos se destaquem.
Chapter API
Raryson Rost, Tech Lead: “Ser xerife é ser responsável por todos ambientes de tecnologia. Acredito que é a atividade que mais gera contexto e o sentimento de como a Warren funciona.
Quando você é xerife você precisa resolver qualquer problema que aconteça com os ambientes. Independente de você ter ou não contexto daquela área.
Isso garante com que o Xerife tenha que conhecer e se comunicar com outras pessoas que geralmente não são da sua stack. Assim o xerife acaba pegando mais contexto de outras áreas e do negócio inteiro.
Também é legal o processo de subxerife que temos, que faz com que o xerife consiga contextualizar e apoiar outra pessoa que está começando nessa jornada. Assim facilitando o caminho e tornando mais divertido.
Acredito que sem o processo de xerife não teríamos como crescer tão independente a nível de chapters. Pois uma chapter ficaria colidindo com outra ou uma pessoa ficaria muito ocupada para sempre.
Com o xerife sendo rotacional e esse papel existindo conseguimos dar escala na manutenção de ambientes, contextualizar e ‘rampar’ novas pessoas no negócio e também começar a criar o sentimento de influência em pessoas que ajudam outros a serem xerife.”
Acompanhe nossas novidades em https://warren.com.br
