Criando uma cultura de inovação

Muito se fala atualmente de cultura de inovação, mas na prática, nem sempre as empresas conseguem vivê-la. O por que disso? Não tenho a resposta e nem sei se existe uma.

O que gostaria é compartilhar com vocês uma experiência de implantação de cultura de inovação que estou vivenciando e até agora está dando muito certo.

Na Way2 estamos apostando na construção de uma cultura de inovação em forma orgânica, criando as bases que posteriormente irão nos permitir definir um portfolio de inovação.

Seguem algumas ações que estamos vivendo:

1 — Redefinir a nossa cultura: A cultura de inovação deve falar a mesma “língua” que a cultura de uma empresa; ela faz parte de esse algo maior. Cultura é algo vivo, algo que se reflete nos movimentos diários de cada uma das pessoas. Por isso a primeira pergunta que nós fizemos foi: a nossa cultura suporta falar de cultura de inovação?

Essa pergunta levou a outra: o que nos trouxe até a posição de liderança que estamos hoje, após 14 anos de empresa, é o que nos vai levar aonde queremos estar no futuro?.

Após essas inquietações e sem respostas conclusivas — cultura não é uma ciência exata — fizemos a escolha certa de começar uma experiência de design cultural, envolvendo todas as pessoas, nos questionando de forma verdadeira com relação ao que somos e ao que queremos ser.

Dica 1: Olhe para a sua cultura, ela suporta falar de inovação?

2 — Ouvir as pessoas: A Way2 ancora a forma que opera na transparência e horizontalidade. Cada um de nós interage e consegue acesso direto e verdadeiro a qualquer pessoa da empresa.

Porém percebemos que isso nem sempre funciona para todas as pessoas da mesma forma. Tomamos consciência que um ambiente propicio para o diálogo pode não ser suficiente, então foi necessário “institucionalizar” uma cultura de 1x1 (one-on-one) (abrindo parêntesis: isso é olhar para as pessoas na sua diversidade mais essencial, mas esse é assunto de outra conversa)

As lideranças passaram a ter conversas recorrentes com seus times, para tratar temas diversos, como carreira, expectativas, receber e fornecer feedbacks, etc.., é fundamental a criação de um ambiente seguro e participativo para que a inovação começe a surgir, e a cultura do diálogo é peça chave nesse processo.

Dica 2: Se certifique que o diálogo acontece na prática, caso não, implemente alguma ferramenta que faça sentido para você

3 — Laboratório Maker: Nós já tinhamos um laboratório maker (podem ler um pouco mais ao respeito nesse artigo do Thiago Cerutti), mas foram realizados pequenos ajustes para fomentar uma participação mais expressiva das pessoas, realizando projetos bem bacanas, com entregas de valor mais rápidas.

Cultura é ser, mas sobre tudo fazer. Lembre-se disso, as pessoas precisam materializar a cultura da inovação

Dica 3: Implemente um projeto ou iniciativa, as pessoas precisam sair das ideias, precisam materializar esse conceito abstrato que é a cultura da inovação

4 — Guildas: Cultura de inovação funciona quando todas as pessoas falam a mesma língua, quando estão na mesma “frequência”. Você já tentou se comunicar com uma pessoa que não fala a sua língua?, o esforço e a energia gastas são absurdos.

Para sintonizar todas as pessoas na mesma “frequência”, fizemos a escolha pelas guildas. Quase tudo mundo seguramente ouviu falar do modelo da Spotify, na Way2 consideramos que as guildas são fundamentais para aproximar os times de produto. Nesse momento temos 2 guildas (e seguramente mais duas nascendo em breve) com uma participação bem ativa da galera, não somente envolvendo pessoal de dev, mas também produto, marketing e sucesso do cliente.

Dica 4: Se esforce para criar uma língua em comum nas pessoas, crie esses espaços de entendimento

Existem outras iniciativas que estão no radar, tanto em etapa de lançamento como em etapa de concepção (posso falar das mesmas num próximo artigo), com o mesmo objetivo, permitir que as pessoas se expressem, que aumentem seu engajamento, que compartilhem conhecimento e fortaleçam que na Way2 chamamos o nosso #timedeelite.