Conheça a IA Generativa, a tecnologia por trás do ChatGPT e outras IAs de sucesso

Wayra Brasil
Wayra Brasil
4 min readApr 28, 2023

--

O ChatGPT se tornou uma pauta praticamente onipresente nos assuntos relacionados à tecnologia desde o final de 2022. A tecnologia, desenvolvida pela OpenAI, tem sido mencionada em grande parte das conversas sobre inovação e futuro do trabalho. Mas… você sabe o que está por trás do ChatGPT? A IA generativa, ou Generative AI, em inglês.

Esse tipo de IA, conhecida também como IA “Generativa” (em uma tradução mais rasteira), é capaz de criar de maneira bastante realista conteúdos como textos, imagens, músicas, conceitos, design, códigos, novos materiais, moléculas e até dados sintéticos. Por isso, há quem veja nessa nova tecnologia a oportunidade de um avanço científico inédito, que pode transformar a indústria e a nossa produtividade. Afinal, a promessa é que será possível acelerar o progresso científico, a criação de novidades e uma série de outros desenvolvimentos ainda não mapeados.

A IA generativa funciona a partir de uma base de treinamento sob a qual os algoritmos aprendem e passam a criar algo novo. Essas criações, segundo especialistas, poderão ser mais baratas, mais rápidas e em alguns casos até melhores do que as feitas por humanos. Surpreendente, não é?

Por que a IA generativa está fazendo sucesso agora?

sucesso parece “repentino” para quem acompanha de fora, mas quem vem trabalhando com essa tendência há mais tempo sabe que esse movimento é reflexo da maturidade dos modelos base e também da maior disponibilidade de supercomputadores para treinar as IAs.

“Essa é uma tecnologia que já vem sendo desenvolvida há alguns anos, e que aparece no radar de quem trabalha com cenários futuros já há algum tempo. O que vimos acontecer foi uma explosão por conta de interfaces amigáveis e disponíveis para o consumidor final, como é o caso do ChatGPT, DALL-E e similares”, contextualiza Guilherme Amorim, head de parcerias da Wayra Brasil.

Existem hoje uma série de arquiteturas de IA generativa em desenvolvimento, cada qual em um estágio diferente tanto de avanço quanto de “capacidade de deslumbrar” a audiência.

As IAs generativas de imagens, por exemplo, impressionam mais, mas ainda contém erros que podem ser evidenciados rapidamente por serem visuais. No Stable Difusion, por exemplo, algumas das imagens criadas pela IA exibiam o logo do Getty Images, o que indica que as imagens do banco de imagens estava sendo usado como plataforma de treinamento para aquela IA.

As IAs generativas de texto, em contrapartida, impressionam muito mais e tem erros mais difíceis de serem apontados por um olhar menos treinado. É o caso do ChatGPT, da Open AI. Na maior parte das vezes, as respostas aparecem em segundos e são impressionantes, mas nem sempre os resultados são confiáveis. Ao testar a ferramenta, o colunista de Fórmula 1 Flávio Gomes fez uma série de perguntas ao ChatGPT e recebeu respostas que nem sempre condizem com a verdade. Felizmente, por conta de sua bagagem profissional, Gomes conseguiu detectar os erros rapidamente, mas nem todo mundo teria esse tipo de conhecimento detalhado para fazer o mesmo.

“Apesar desses tropeços eventuais, que são bastante esperados para esse momento do desenvolvimento das IAs generativas, é bastante provável que essa tecnologia avance e tenha aplicações nos mais diversos ramos, indo da biologia e química à composição de materiais audiovisuais, o que pode transformar o cenário de inovação como o conhecemos hoje”, antecipa Amorim “A solução do ChatGPT, por exemplo, é prototipal, de experimentação no mercado, que para a tecnologia IA Generativa, serve como insumo para retroalimentar seu aprendizado”, completa.

Principais arquiteturas de aprendizagem profunda para IAs generativas, segundo levantamento da Wayra

O que vem por aí?

A expectativa é que dentro de 10 anos essas IAs, já devidamente refinadas, vão baratear de maneira substancial os custos da produção de conteúdo, seja ele em texto, imagem ou vídeo. Da mesma forma, desenvolvedores de software se tornarão também desenvolvedores de IA, e a maioria das linhas de código serão também geradas por inteligências artificiais, sendo depois editadas por seres humanos para refino e melhorias.

Se tudo isso se tornar verdade, o receio é que poucas coisas possam ser apontadas como “originais” ou “genuínas”, já que quase tudo terá passado pela “máquina de remixes” das IAs. Uma das apostas dos futuristas é que o esporte poderá se tornar uma das únicas formas de “conteúdo efetivamente genuíno”. Pode parecer surreal, mas a visão é que competir em um campeonato poderá ser uma das poucas coisas que as máquinas não saberão fazer.

E como acontece com toda disrupção, muitas startups estarão envolvidas neste cenário de IAs Generativas, trabalhando com produção de conteúdo dos mais diversos tipos e para os mais diversos setores, do cinema à medicina.

Outra verdade que é possível cravar daqui, mesmo sem saber ao certo como essas IAs vão se desenvolver, é que os investidores como a Wayra seguirão de olho nos desenvolvimentos destas novas tecnologias.

A sua startup trabalha com IA Generativa? Nós da Wayra queremos conhecê-la! Acesse o site https://br.wayra.com/ e nos escreva.

--

--