Incluir a internacionalização da operação nos planos de futuro pode ajudar no fit da startup com futuros investidores

Wayra Brasil
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4 min readAug 5, 2022

Discussões sobre a importância de internacionalizar startups têm se tornado assunto frequente nos últimos anos. O interesse vem tanto dos empreendedores, que querem levar suas operações para fora do país, como dos investidores, que têm perguntado mais sobre a possibilidade e/ou viabilidade de uma startup brasileira operar fora do cenário nacional. Ou seja, mais do que um plano para o futuro, entender sobre o processo de internacionalização se tornou também um fator crucial para o sucesso de uma captação de investimentos.

Isso tem acontecido não apenas pelos motivos considerados mais “clássicos”, como a capacidade de ampliar o portfólio de clientes, o que também ajuda a elevar a rentabilidade das startups, mas também pela possibilidade das startups posicionarem-se de forma estratégica para interagir com outros players do mercado. Uma presença em ambientes internacionais, que as coloca em concorrência com soluções globais, sinaliza aos investidores que os empreendedores têm interesse em tomar a dianteira em potenciais parcerias e ofertas combinadas com outros players do mercado, o que é visto de maneira muito saudável por VCs e CVCs. E mais do que só dar sinais positivos para futuros investidores, as startups que partem para um processo de internacionalização ganham a chance de aumentar a carteira de clientes, fazer benchmark de soluções globais, podem encontrar a possibilidade de parcerias trianguladas em outros países, além, é claro, dos ganhos em dólar.

Tanto é que aqui na Wayra temos nos dedicado a apoiar empreendedores e startups a se familiarizar e se envolver com processos de internacionalização. Além da mentoria especializada e de aconselhamentos direcionados às nossas investidas, também incentivamos a participação em iniciativas de parceiros da Wayra, como no Smart Challenge, programa cross border entre Brasil e Espanha, que aconteceu junto ao Banco Internacional de Desenvolvimento (BID).

Afinal, nossas investidas sabem que uma das grandes vantagens de fazer parte da Wayra é poder aproveitar toda a capilaridade global do hub de inovação da Telefónica/Vivo, que tem unidades na Europa e em diversas grandes cidades da América Latina, para alcançar mercados internacionais com mais facilidade. Com o apoio de experts e incentivadores locais, fica mais fácil realizar o processo de softlanding no cenário internacional, lançando o produto ou serviço da startup de maneira controlada, com menos custos e riscos envolvidos.

Para internacionalizar, é importante planejar

Acessar o mercado global não é uma questão apenas de querer, mas de se preparar para isso. Tanto que o primeiro passo em um processo de internacionalização das operações de uma startup costuma ser a avaliação do cenário global.

Uma boa forma de fazer isso é acessar relatórios de tendências de consultorias como a Gartner, Forrester, Ovuum ou IDC para conferir quais dos insights mapeados por elas podem ter conexões com o negócio da startup em questão. O intuito principal deste exercício é entender o que o mercado internacional está buscando ou precisando em um dado momento.

Assim que for identificada essa necessidade global ou internacional que tenha relação com a solução proposta pela startup, o segundo passo envolve encontrar quem são os stakeholders interessados neste produto ou serviço. Eles podem ser desde executivos de alto escalão (C-Level) a fundos de investimento, institutos de pesquisa, aceleradoras globais e até investidores anjo. Essa fase do planejamento busca entender quem é o interessado no que a startup pode ajudar a resolver.

Desse ponto em diante, com o que e quem devidamente mapeados e identificados, parte-se para a definição de uma estratégia de ação, também conhecida pela expressão GoToMarket, que significa literalmente “avançar em direção ao mercado”. Essa estratégia costuma se apoiar em cinco pilares fundamentais: 1) ter foco na oferta (que é a resposta ao o que mapeado nas fases anteriores; 2) capacidade de adaptação da oferta a ecossistemas diferentes do nacional; 3) chance de destacar-se em um cenário competitivo global; 4) incluir inteligência de mercado; e, por fim, 5) ter um modelo de vendas e distribuição estabelecido junto a equipes locais de atendimento, que pode ser feito por meio de parceiros regionais.

Trata-se de um processo que leva tempo e exige recursos dos empreendedores. E é exatamente por isso que quem busca trabalhar com a possibilidade de internacionalização está em um momento perfeito para se aproximar de investidores como a Wayra, que pode não só subsidiar esse movimento de internacionalização com recursos financeiros como também aporta conexões globais que permitem que o processo de internacionalização possa acontecer com sucesso.

Por isso, se você tem uma startup com planos de internacionalizar a sua operação, vale a pena vir conversar com a Wayra. Recebemos inscrições durante o ano todo por meio do nosso site e podemos apoiar você desde a decolagem até a aterrissagem da sua iniciativa em solo internacional. Basta estar com vontade de voar mais alto.

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