Já está no Clubhouse? Rede social é opção inovadora de marketing e networking de negócios para startups

Wayra Brasil
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5 min readMar 16, 2021

Imagine entrar em uma sala e conversar com potenciais investidores e clientes que estão em busca de inovação, sem precisar sair do lugar. É isso que permite o Clubhouse, app de mídia social que reúne pessoas em salas de conversas em áudio para discutir diversos tópicos. Cada sala é dividida entre “audiência”, que escuta a conversa, e “palestrantes”, que participam e mediam a interação por voz. Diferente de outras redes sociais, para interagir no Clubhouse é preciso “levantar a mão” e ser convidado pelos moderadores para expressar sua opinião, pergunta ou comentário.

Lançada em 2020, a startup tornou-se ponto de encontro para profissionais do Vale do Silício que queriam trocar ideias durante a quarentena e ganhou popularidade no Brasil recentemente, quando personalidades como Elon Musk e Mark Zuckerberg apareceram por lá para dar uma palavrinha. Por enquanto, o acesso ao Clubhouse é limitado. Além de estar restrito a usuários de iOS, é preciso receber um convite, o que torna a mídia social por voz um ambiente exclusivo, repleto de early adopters e curiosos do digital — exatamente o tipo de perfil que costuma estar aberto a inovações.

Conversas de alto nível

Ficou na dúvida sobre conhecer mais uma mídia social? O Clubhouse pode compensar o esforço com conversas de alto nível. Como os convites ainda são limitados, o Clubhouse concentra a nata dos influenciadores de diversas áreas, especialmente empreendedores, jornalistas e publicitários. Entre os expoentes do empreendedorismo, como fundadores de startups e investidores, já existem conversas recorrentes, que ocorrem em dia e hora marcados. Basta reservar a agenda para participar de conversas relevantes com públicos qualificados.

“A dinâmica das salas, baseadas exclusivamente na interação pela voz, tem sido usada como trunfo pelos investidores em busca de novos negócios. Em vez do PPT, as startups precisam estar com o posicionamento e a visão de futuro afiadíssimos e a narrativa de vendas articulada e consistente”, observa José Saad Neto, curador de tendências na GoAd Media e pesquisador no COM+ (ECA-USP).

Networking, insights de mercado e outras vantagens
Uma característica interessante do Clubhouse é que as conversas não ficam gravadas. Talvez por isso, os participantes tendem a falar de forma mais livre e privilegiam a troca de informações com a audiência. Esse tom informal é ideal para quem busca expandir seu networking, especialmente enquanto eventos presenciais e viagens seguem em suspenso por conta da pandemia. “Acho a ferramenta fantástica. Ela mostra uma diversidade de casos de uso que fomentam o engajamento de comunidades e a serendipidade. O Clubhouse conseguiu trazer a experiência dos papos de corredor e encontros inusitados para o mundo digital”, sintetiza Daniel Arcoverde, co-CEO e co-fundador da Netshow.me., startup do portfólio da Wayra.

Além disso, os palestrantes tendem a ser francos com suas visões, o que permite obter insights de mercado mais verdadeiros e transparentes mesmo para quem está apenas escutando a conversa.

Enquanto empreendedores iniciantes têm usado o Clubhouse para refinar o elevator pitch, quem está em ritmo de escalada encontra no app a chance de aumentar o recall da marca no mercado. Afinal, mesmo que já sejam relevantes e tenham conquistado grandes clientes, muitas startups seguem pouco conhecidas. Dessa forma, fundadores que participam no Clubhouse encontram uma oportunidade inusitada de marketing.

Aproveite agora

Por ser simples e focado nas interações em áudio, o Clubhouse é perfeito para o ritmo das startups, que costumam atuar de modo enxuto: basta um microfone, um local silencioso e uma boa oratória para participar. “Baseada em voz, a plataforma requer articulação e objetividade. Sem recursos visuais para apoiar a apresentação de ideias e modelos de negócios, é no tom de voz seguro e na narrativa concisa e consistente que as startups poderão chamar a atenção de investidores”, reforça Saad Neto.

O futuro da plataforma segue incerto, mas enquanto a escassez dos convites mantém um grupo seleto circulando pelo app, aproveite o momento para conversar com quem também está passeando pelo Clubhouse e dedicando atenção ao app. Se não encontrar um tema interessante para debater, você pode criar sua própria sala e convidar outros expoentes do mercado para uma conversa.

Do’s and Don’ts

Quem circula pelo Clubhouse já percebeu que existem algumas etiquetas básicas para as conversas por áudio. Reunimos as principais recomendações para você estrear na plataforma com toda a elegância:

Faça:

- Tenha uma boa descrição: o espaço da mini-biografia no perfil é amplo. Aproveite para incluir uma descrição sua e apresentar a sua startup.

- Procure pelos expoentes do seu mercado: a equipe da Wayra já está por lá, assim como muitos investidores e outros influenciadores do ecossistema de startups.

- Participe das conversas em que tenha algo a acrescentar: evite falar apenas de você, preferindo contribuir com seu conhecimento ou ponto de vista.

- Ao participar de uma conversa, apresente-se brevemente: diga seu nome, contextualize o que faz na sua startup, e então siga com a sua participação.

- Ao criar uma sala, determine o tempo de duração da conversa: indique o horário do início e o tempo de duração da conversa, para gerenciar as expectativas da audiência.

Evite:

- Não interrompa quem estiver falando: aguarde uma pausa nas vozes para fazer sua menção.

- Não monopolize as discussões: mesmo que seja um expert no assunto, dê espaço para outros participantes comentarem.

- Não fale apenas para fazer um jabá: esforce-se em conectar você e a sua startup com o tema em debate.

- Não foque em números de audiência: por seu alcance limitado, a audiência do Clubhouse pode ser baixa. Priorize a qualidade dos participantes envolvidos.

Começando agora no Clubhouse?

A Wayra tem algumas recomendações de perfis para seguir e começar a interagir:

Influenciadores do ecossistema empreendedor:

Livia Brando, Carol Morandini, Luciana Ferraz e Miguel Arias, da Wayra

Renata Zanuto, do Cubo

Felipe Matos, da ABStartups

Renato Valente, da Iporanga Ventures

Flavio Pripas, da Redpoint eventures

Wagner Ferreira, embaixador da inovação na Vivo
Gustavo Brigatto, do Startups.com.br

Rennan Julio, repórter da PEGN

Carolina Ingizza, da Exame

Ralph Manzoni Jr., do NeoFeed

Empreendedores do portfólio da Wayra:

Luis Rocha, da Econodata

Juliana Assunção, da RankMyApp

Marc Lahoud, da QueroQuitar

Luis Novo, da Skore

Pedro Roso e Rodrigo Lopes, da Docket

Daniel Arcoverde, da Netshow.me

Samir Iasbeck, da Qranio

Luis Moura, Jordana Souza, Eduardo Vasconcellos, Luciano Brandão, da VOLL

Paulo Batista, da Alicerce

Melina Yasuda, da Pluginbot

Helio Katanosaka, da OmniJus

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