Vivo forma embaixadores de inovação aberta com o apoio da Wayra

Wayra Brasil
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5 min readAug 18, 2020

Inovar exige dedicação, paciência, planejamento e uma cultura que incentive a mudança de mentalidade sobre o significado de “errar” ou “falhar”. Dedicada a fomentar esse novo jeito de pensar e para incentivar a cultura de inovação, a Vivo criou um programa de inovação aberta, o Vivo Discover.

Capitaneado pela área de inovação em parceria com a de pessoas e a Wayra, o programa tem o pilar dos Shapers (embaixadores da inovação) como uma das iniciativas. O objetivo é despertar o interesse dos colaboradores de diferentes áreas e regiões do Brasil ao universo da inovação e capacitá-los a se relacionar com o ecossistema, além de buscar startups para fazer negócios com a empresa e assim ganhar agilidade, eficiência, redução de custos, novas receita entre outros. Com palestras, oficinas, visitas a hubs de inovação e uma grade disciplinar que ensina como fazer novos negócios com startups, o programa tem forte apoio do Christian Gebara, presidente da Vivo, e formou a sua primeira turma de Shapers no começo da pandemia. O segundo grupo já teve início e agora acontece de forma adaptada à atual realidade, com encontros remotos.

“O objetivo é escalar a inovação para diferentes áreas, levando o espírito empreendedor e disruptivo para toda a companhia”, descreve Carolina Caetano, gestora do Vivo Discover.

A imersão no mundo das startups começa já no primeiro ponto de contato, quando os interessados participam de um processo seletivo por meio do sistema da Gupy, startup que aplica a Inteligência Artificial no recrutamento e seleção de pessoas e que foi investida pela Wayra. Os selecionados passam por seis meses de capacitação e atuam como evangelizadores da inovação dentro da companhia, com o conhecimento necessário para mapear dores da empresa, contatar, avaliar e fechar negócios com startups que ofereçam soluções inovadoras.

“Ensinamos aos Shapers o nosso processo de scouting, ajudando a identificar inovações que estão fora do ambiente corporativo e que possuem robustez para fazer negócios com uma grande empresa como a Vivo, seja como um fornecedor para aumentar a eficiência de uma área ou como parceiro para gerar novas receitas”, explica Carolina Morandini, head de portfólio e scouting da Wayra.

Mentalidade que busca agilidade

Pensado como uma jornada de capacitação, o programa seleciona talentos que tenham um perfil inovador e articulação para facilitar as conversas com startups dentro da Vivo. Foi o caso do gerente de suporte Wagner Ferreira, que fez parte da primeira turma de Shapers e que hoje se declara encantado pela nova mentalidade desenvolvida.

“O mais surpreendente é criar essa visão de empreendedor, com abertura para buscar inovação fora da companhia, trazendo novas formas de pensar e soluções mais ágeis”, revela.

Durante o programa, Ferreira conta ter estudado e aprendido muito sobre como inovar nas grandes empresas.

É preciso fomentar uma cultura de abertura ao erro, permitindo que a equipe possa idealizar, prototipar e testar soluções sem o sentimento de culpa caso algo dê errado no caminho”, atesta o gerente, que atua na região Nordeste. “Errar faz parte do processo de inovação e devemos incentivar essa visão”, aconselha.

No entanto, Ferreira lembra que sua mudança de mentalidade aconteceu gradualmente, conforme participava de palestras, fazia pesquisas com startups e absorvia o conhecimento compartilhado no programa. Hoje, o Shaper conta que se sente mais confortável para analisar e avaliar o fit das startups com os desafios da Vivo.

A mesma sensação foi relatada por Carlos Eduardo Fares, gerente de vendas B2B da diretoria de canais receptivos da Vivo em São Paulo e Shaper da segunda turma. Depois de aprender sobre o ecossistema e o modus operandi das startups, Fares diz estar mais aberto para possibilidades disruptivas de trabalhar, que incluem a parceria com empresas e profissionais de fora da companhia.

“Entendi que uma necessidade ou ausência podem gerar oportunidades, e tenho trabalhado essa nova mentalidade junto ao meu time e aos meus parceiros de negócios”, relata Fares, que vê nessa nova atitude uma chance de levar a companhia para mais próximo dos modelos que são hoje exigidos pelo mercado.

Refletir sobre as transformações necessárias, segundo Fares, não é um processo fácil para os executivos das corporações, especialmente por conta das cobranças e atribuições que eles já têm em seus cotidianos. “Se envolver em um ambiente com pessoas que não temem as mudanças faz com que a transformação seja muito mais fácil, nos tornando mais ambiciosos pelo novo”, sintetiza.

Novos pontos de contato com startups

Além de promover uma mentalidade mais disruptiva entre seus colaboradores, o programa permite que cada vez mais novos negócios com startups surjam para aportar agilidade e disrupção aos projetos da corporação.

Para a Wayra, ajudar na capacitação dos Shapers é aumentar a capilaridade do hub e formar um espécie de “exército de scouters”, capazes de fazer a ponte entre a corporação e as startups, apoiando na avaliação da robustez dessas parcerias e podendo até levar a oportunidades de investimentos nas startups descobertas. O grande objetivo da Wayra é justamente investir em startups com potencial escalável e que possam fazer negócios com grandes empresas. Dessa forma, desenvolver um bom relacionamento com um Shaper pode oferecer à startup não apenas a chance de ser investida e escalada pela Wayra, mas também aumentar a oportunidade de negócios com a Vivo.

É assim que Wagner Ferreira tem atuado, se movimentando em sua região para conhecer mais empreendedores que possam solucionar os desafios da sua área. “Uma das minhas primeiras ações foi ir até o Porto Digital do Recife para me apresentar às startups de lá”, relata. A imersão em um dos principais ambientes de empreendedorismo do nordeste permitiu que Ferreira compartilhasse as dores da Vivo e ouvisse o que as startups tinham a sugerir. “Percebi que todos lá queriam me ajudar a resolver o meu problema”, conta Ferreira, que esteve em contato com startups de Inteligência Artificial, uma das áreas de negócio mais buscadas pela Wayra, para saber mais sobre modelos preditivos para otimização de estoques e de receita.

Pensamento inovador que ganha escala e transforma

Mais do que inovar pontualmente, o objetivo do Vivo Discover é escalar a mentalidade inovadora entre os colaboradores.

“Dizemos que a formação dos Shapers é apenas uma semente que plantamos na cabeça desses colaboradores”, orgulha-se Caetano.

A intenção é que a partir do processo de capacitação, os Shapers se desenvolvam cada vez mais, disseminando o que aprenderam em suas equipes e áreas.

“Acreditamos na exponencialidade do conhecimento que compartilhamos com os Shapers”, sintetiza a gestora do programa.

Se depender do entusiasmo e da dedicação dos Shapers, a escalada vai ser mais rápida do que o esperado.

“Sinto que estamos ganhando capilaridade para resolver os problemas”, concorda Ferreira.

“Aprender a valorizar cada etapa da construção de algo, ouvindo a opinião das pessoas e não apenas escutando para rebater, é uma transformação libertadora”, complementa Fares.

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