Wayra Brasil realiza coinvestimento na VOLL com a Iporanga Ventures em rodada de R$ 4 milhões

Wayra Brasil
Wayra Brasil
Published in
5 min readJun 10, 2020
Fundadores: Eduardo Vasconcellos (CFO), Jordana Souza (CRO), Luiz Moura (CMO) e Luciano Brandão (CEO) — Esquerda pra direita

Com uma tecnologia capaz de otimizar custos e facilitar a mobilidade de colaboradores de médias e grandes empresas, a VOLL é a mais nova investida da Wayra, hub de inovação do grupo Telefônica e uma iniciativa Vivo, que continua incentivando o empreendedorismo brasileiro. O aporte na startup acontece sob a forma de um coinvestimento com a Iporanga Ventures no total de R$ 4 milhões.

Com cerca de 250 clientes em seu portfólio, a VOLL estreia na Wayra pronta para ser escalada rumo à uma atuação mais internacional. A expectativa dos executivos da startup, que já opera em mais de 60 países, é alcançar novos mercados e ampliar a carteira de clientes para 1500 e chegar a até 3 milhões de pessoas e 150 mil corridas por dia.

“A mobilidade corporativa eficiente tem se tornado a cada dia algo mais essencial para a gestão de custos nas empresas. Assim, estamos apostando na VOLL por ser uma plataforma com alta capacidade de integrar modais e reduzir custo e tempo na locomoção de colaboradores, como temos feito dentro da Vivo”,

destaca Carolina Morandini, head de portfólio e scouting e country manager interina da Wayra Brasil.

Grandes resultados para o setor corporativo

Um dos grandes atrativos da VOLL para as corporações é a eficiência financeira que a startup pode trazer para os trajetos corporativos terrestres, com casos de sucesso que puderam alcançar de 30 a 40% de economia na mobilidade corporativa.

“Criamos uma experiência unificada dos serviços que serão adquiridos em uma jornada de viagem corporativa, tanto para os colaboradores que vão usar o sistema quanto para os gestores das empresas”,

explica Luciano Brandão, CEO da VOLL.

Startups mais desenvolvidas têm sido o foco de investimentos da Wayra nos últimos anos. Além de já estar em um estágio de negócios mais avançado, a VOLL também se destaca por chegar ao hub de inovação fazendo negócios com a Vivo no Brasil, que faz uso do sistema nos seus processos de mobilidade corporativa desde 2018.

Com uma implementação veloz, que pode ser realizada em questão de poucas semanas, e uma remuneração flexível, baseada no perfil e no volume das viagens realizadas pela plataforma, a VOLL tem grande potencial para escalar e trazer mais eficiência para empresas e médio e grande porte do mundo todo. “Queremos apoiar os gestores de viagens a terem uma visão mais centralizada e controlada do processo de viagem como um todo, podendo visualizar o que foi gasto não só em aéreo e hospedagem, mas também consolidando as despesas de mobilidade terrestre, que em muitos casos ainda não são integradas, em termos corporativos”, contextualiza Brandão.

Uma plataforma que gera economia para as empresas

Gerenciar os traslados corporativos terrestres sempre foi um processo trabalhoso para as empresas. Especialmente com a chegada da opção de corridas por aplicativos, a oferta ficou ainda mais difusa e complexa de gerenciar. Segundo Brandão, empresas como Uber e 99 trouxeram propostas de tecnologia que ainda não existiam para as corporações. “O setor de transporte terrestre corporativo se firmava muito em recibos de papel e vouchers. De repente, tínhamos controles digitais, APIs, tecnologias de controle que não existiam antes”, rememora o CEO da VOLL.

Foi nessa época, quando os fundadores atuavam com gestão de viagens corporativas, que a ideia da startup surgiu. Ao compreender essa dor das corporações e se dispondo a auxiliá-las a fazer as melhores escolhas ao agregar as opções de mobilidade terrestre, a VOLL se tornava uma espécie de “Decolar dos transportes terrestres”, centralizando em um único lugar uma oferta que ainda acontecia de forma difusa, por diferentes apps em diferentes regiões do mundo. Com a empresa, o colaborador pode conferir em uma mesma tela as opções de corrida por apps mais econômicas, as que vão chegar mais rápido e até ter opções diferentes, a depender da localidade onde o usuário estiver.

“O que fizemos foi adaptar os conceitos que já eram muito consolidados na viagem corporativa aérea para a mobilidade terrestre”, sintetiza Brandão. E da mesma forma que as companhias podem definir que executivos podem voar na primeira classe, cada empresa também tem a liberdade e flexibilidade de definir as regras de uso das opções de mobilidade terrestre para seus colaboradores. No longo prazo, o impacto é bastante significativo. Clientes da startup como a Estácio e a Pepsico, por exemplo, chegaram a alcançar economias de 37% e 43%, respectivamente, ao usar a plataforma da startup para coordenar seus deslocamentos terrestres.

Além da economia financeira direta, a VOLL também permite agilizar os processos internos das corporações. Com uma robusta estrutura de backoffice, a empresa cuida de todo o processo de pagamento para os vários parceiros da plataforma, unificando em uma única fatura os pagamentos para as diversas prestadoras de serviços de mobilidade. “Em qualquer parte do globo que o colaborador utilizar um transporte, ele saberá que está em compliance e dentro do meio oficial de pagamento da empresa, sem necessidade de outro formato de prestação de contas”, reforça Brandão. Painéis e relatórios diversos também agilizam o dia a dia dos gestores de viagens, que podem acompanhar em tempo real a economia obtida com a plataforma.

Preparada para internacionalizar

Contando com mais de 30 parceiros de mobilidade urbana no Brasil e no mundo, a VOLL tem capilaridade global de atuação. Ou seja, se um executivo estiver fazendo um translado nos EUA, facilmente poderá utilizar opções mais frequentes no mercado norte-americano, como o Uber. Assim que voltar ao Brasil, toda a gama de parceiros locais passa a ser disponibilizada pela VOLL. Isso dá à startup a vantagem de oferecer um compliance de mobilidade corporativa em escala mundial.

Somada à flexibilidade de pagamento, rapidez na implementação e capacidade de se integrar aos sistemas corporativos mais comuns do mercado (como SAP Concur ou Argo), a startup está hoje a um passo da internacionalização. “Estamos muito animados para fortalecer ainda mais o nosso produto e buscar uma atuação internacional, levando a tecnologia brasileira da VOLL também para fora do país”, almeja Brandão.

--

--