apostas: dez bandas que você precisa conhecer
Agitando o fim de semana com mais uma seleção eclética de novos artistas para todos os gostos, do pop punk ao pop mesmo
Alissa Lindemann
parece: Linn Koch-Emmery, Lala Lala e Hatchie
“Good & Well” é a primeira música de 2021 da americana Alissa Lindemann, seguindo ótimos singles desde 2017. A moça faz um indie rock regado a sintetizadores e guitarras distorcidas que soam nostálgicos e atuais. Um indie rock extremamente bem feito e que te faz esquecer da vida e só querer ouvir mais. O talento de Lindemann para composições tanto introspectivas (“Atlas”) quanto explosivas (“Good & Well”) é bastante único, e sua voz bastante confiante o tempo todo sustenta toda a sua já mostrada versatilidade. “Good & Well” apresenta um lado ainda não muito explorado pela moça antes, e tem absolutamente tudo para fazer dela um nome ainda mais memorável.
Jackie Marchal
parece: Clairo, Brendan Hendry e Snail Mail
Nascida e criada em Nova York, Jackie Marchal faz um indie rock moderno com influências dos anos 60 extremamente bem feito. A moça acabou de lançar Juniper, seu primeiro EP oficial após alguns singles, e ele está maravilhoso. São três faixas, duas já conhecidas antes, que trazem o melhor do que Jackie é capaz de fazer: instrumentais dinâmicos e complexos com vocais ricos com inspirações no soul (que lembram até Adele em alguns momentos) e um liricismo de dar inveja. Jackie Marchal com certeza é um nome que ainda será muito falado — se esse EP é alguma indicação, seu futuro na música será brilhante.
Still Shaking
parece: Against Me!, Hot Water Music e The Offspring
Diretamente de Bergen, Noruega, o Still Shaking faz um pop punk explosivo pra ninguém botar defeito. O quarteto acaba de lançar seu segundo álbum, Relax Friends, e aqui eles mostram uma linda evolução em relação ao seu debut, principalmente em relação à produção do disco. Seu novo álbum passa por diversos humores, mas sempre mantendo e energia alta com músicas curtas e rápidas ressonando o melhor do gênero. A banda cita NOFX, The Flatliners e Dead To Me como influências, e é possível perceber cada uma delas ao mesmo tempo em que o quarteto se mantem bastante original em suas composições. Com um ar de pop punk do começo dos anos 2000, Relax Friends é um ótimo álbum que deve fazer com que o Still Shaking finalmente tenha o reconhecimento merecido desde seu debut em 2014.
Einsam
parece: LCD Soundsystem, David Byrne e Hot Chip
O produtor britânico Sam Jackson se lança agora em seu novo projeto solo como Einsam. “At Eye Level” é o primeiro single de seu novo EP, Samantics, com lançamento previsto para o fim de Novembro. Sabe em “North American Scum” do LCD Soundsystem em que James Murphy canta sobre como eles não são ingleses e sim americanos? Einsam é como se o LCD Soundsystem fosse britânico. Sam já possui três outros ótimos singles antes desse, mas é aqui que ele parece ter encontrado seu som de vez. Mesclando post-punk com elementos de funk e indie rock, “At Eye Level” é uma música em uma constante crescente que culmina em algo próximo da perfeição. Einsam aqui prova que Samantics será apenas o começo.
Strawberry Aqua
parece: Tegan and Sara, Carly Rae Jepsen e Passion Pit
“Last Dance” é o single de estreia da dupla de synthpop Strawberry Aqua. Composta pelas amigas de longa data Becca Rogers e Marion Birdsall, o som que fazem como Strawberry Aqua é um indie pop eletrônico leve e dançante, com uma produção impecável. Uma estreia excelente, trazendo influências dos anos 80 e 2000, trata-se de uma faixa memorável que evoca novidade e nostalgia ao mesmo tempo. Sua letra fala sobre um relacionamento passando por um momento complicado, mas em que as duas partes ainda se gostam e resolvem tentar fazer as coisas darem certo mais uma vez. Um sentimento bastante universal, e a facilidade com que elas trazem isso em uma faixa divertida e dançante lembra nomes como Robyn e Tegan and Sara. “Last Dance” é o primeiro single de seu EP de estreia, previsto para ser lançado no começo de 2022 e desde já eu me encontro ansioso para ouvir o que mais virá das duas.
Louisa Maria
parece: Zara Larsson, MØ e Anne-Marie
Após um EP e alguns singles ano passado, a britânica Louisa Maria retorna com “Not Haunted By You”, primeira música de seu novo EP. Aqui, Louisa eleva seu pop com toques de soul e r&b a novos níveis. Louisa, que antes fazia parte do trio de power rock Tequila Mockinbyrd, traz toda essa energia do rock para sua nova faixa e consegue adaptá-la a seu novo som. “Not Haunted By You” é uma música dinâmica que parece estar evoluindo constantemente desde o segundo em que você aperta play. Com uma letra sobre superação de um relacionamento que não deu certo, Louisa Maria faz uma música poderosa. Os vocais e produção aqui estão muito mais maduros do que em seu primeiro EP, Tea for Two, do ano passado e isso faz com que a expectativa para seu próximo trabalho seja alta. Louisa Maria encontrou seu estilo, e muita coisa boa ainda vai vir dessa moça.
Eryn Young
parece: Halsey, Tate McRae e Charli XCX (True Romance)
De Toronto, Canadá, a jovem musicista Eryn Young nos apresenta seu mais novo single: “EGO”. O ‘dark pop’ feito por Eryn aqui está em sua melhor forma, e ela nos entrega sua mais completa música até o momento — causando ainda mais expectativas sobre o futuro musical da moça. Com singles lançados desde 2019, Eryn mistura as estruturas de música-narrativa feitas por nomes como Taylor Swift e Halsey com uma sonoridade que vai mais pro lado Charli XCX no começo da carreira. Com um pop extremamente bem feito e vocais maduros e expressivos, Eryn Young tem tudo pra explodir nos próximos meses.
Late TV
parece: Saint Motel, Talking Heads e BADBADNOTGOOD
Com singles desde 2017, o Late TV é uma banda britânica de New Wave que faz uma mistura muito interessante de rock, jazz, blues e funk. Seu mais recente, “Fools Fools Fools”, já foi ovacionado pela BBC Introducing… que os colocou como um dos nomes para serem acompanhados. Com um som atemporal que ao mesmo tempo tem cara de novidade, sua música parece ter vindo direto do More Songs About Buildings And Food, clássico do Talking Heads. Late TV tem a capacidade de te fazer ouvir suas músicas no repeat e a cada audição é possível perceber um elemento novo. “Fools Fools Fools” segue seu ótimo single “Night Tennis” e chega para colocá-los definitivamente no mapa.
Hazel Mei
parece: Joni Mitchell, Tia Gostelow e Meg Mac
Misturando de forma perfeita indie pop com toques de jazz, a australiana Hazel Mei faz uma música fácil de ser ouvida várias e várias vezes. Desde seu primeiro single em 2018, “Put That Bottle Down”, a moça vem surpreendendo cada vez mais com sua versatilidade e inovação em cada música nova. Em seu mais recente “Golden Chains” ela traz pianos e vocais inspirados no soul que culminam em um refrão bastante elétrico e dinâmico, criando uma atmosfera memorável. Existe alguma coisa bem atemporal na música de Hazel, ela entrega um som que remete a nomes como Joni Mitchell e Carole King ao mesmo tempo em que ressoa extremamente atual e moderna. Essa moça ainda terá um brilhante futuro pela frente,
Samantha Sharpe
parece: Kacey Musgraves, Taylor Swift e Maggie Rogers
Samantha Sharpe é uma jovem musicista e cantora de Melbourne que lança agora seu novo single, “The Thrill Of The Chase”. Já com um EP em 2019 e um ótimo single ano passado, Sharpe entrega um folk rock com influências de country e rock clássico mas também uma acessibilidade pop maravilhosa. Seus primeiros lançamentos mostravam uma delicadeza e leveza sem igual, com violões dedilhados e sua voz doce e forte, lembrando muito os melhores momentos de Kacey Musgraves no Golden Hour. Em “The Thrill Of The Chase”, a moça eleva tudo isso a um novo nível com uma produção muito mais expansiva do que qualquer coisa já lançada por ela antes. Seus vocais também nunca foram tão confiantes, e ela entrega sua música mais completa até hoje. Daqui pra frente, o céu é seu limite.
Esta matéria foi feita através do Musosoup e o movimento #SustainableCurator. Saiba mais aqui.