Bright Light Bright Light — Fun City

Rod Thomas continua sua impressionante trajetória com mais um excelente trabalho, que é um contagiante tributo ao público LGBT+

Ronaldo Trancoso Jr
You! Me! Dancing!
2 min readNov 24, 2020

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Fun City

Bright Light Bright Light

Lançamento: 18/Set/2020
Ouça: “I Used to Be Cool”, “These Dreams”, “Good at Goodbyes” e “This Was My House”
Nota: 9.5
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Quer mais um álbum para dançar como se não estivéssemos no meio de uma pandemia? Adicione Fun City à lista, pois o novo trabalho de Rod Thomas, conhecido artisticamente como Bright Light Bright Light, é ideal para isso. Quem já ouviu os excelentes álbuns anteriores do galês sabe muito bem o que esperar: vocais irresistíveis e um electropop refinado.

O grande diferencial de seu quarto álbum é o tema que o cantor escolheu para guiar suas músicas. Fun City foi criado para refletir vários aspectos da rotina de pessoas LGBT+, seja nas referências, na sonoridade contagiante ou nas letras que abordam situações e sentimentos comuns a quem faz parte desse grupo. “This Was My House”, por exemplo, é um hino atemporal sobre viver livre e sem precisar se ater a rótulos pré-definidos.

Para chegar ao resultado que queria, Thomas recrutou um time de convidados que não inclui nenhum heterossexual. Além de figuras renomadas, como Sam Sparro, Andy Bell (vocalista da banda Erasure) e Jake Shears (da finada Scissor Sisters), o álbum também conta com nomes que devem ficar conhecidos nos próximos anos.

Claro que nem sempre a presença de participações especiais em quase todas as músicas é algo que valoriza um álbum, mas isso não é problema em Fun City, pois cada convidado combina perfeitamente com o tom do disco, agregando bastante sem tirar o foco do responsável pelo trabalho.

Sem erros na sua impressionante carreira, Bright Light Bright Light cumpre a promessa do nome Fun City, entregando diversão do início ao fim e fazendo um belo tributo queer, que faz o lançamento ressoar ainda mais. A única música que acaba soando desnecessária, mas sem necessariamente ser filler, é a canção escolhida para fechar o álbum, que poderia ter sido encerrado com a incrível “Good At Goodbyes”, por manter o mesmo som eufórico das outras e ter uma letra perfeita para isso.

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