Hinds — The Prettiest Curse
Em seu terceiro álbum, Hinds refina seu estilo próprio com êxito
The Prettiest Curse
Hinds
Lançamento: 05/Jun/2020
Ouça: “Good Bad Times”, “Riding Solo”, “Come Back And Love Me ❤” e “Burn”
Nota: 9.0
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Com riffs de guitarra energéticos, por vezes caóticos, combinados com vocais frenéticos, embalados por garage rock e pop rock dos anos 60, as quatro garotas de Madri assim definiram seu cartão de visitas. Com The Prettiest Curse, Hinds mantém suas raízes sonoras e muito mais: um bom disco, lapidado em seu próprio estilo dos trabalhos anteriores, buscando novas sonoridades e reinvenção.
Desde seu primeiro single “Riding Solo”, o Hinds sintetiza muito bem sua ambição de um novo disco experimental ao seu próprio estilo, com uma produção menos caótica, mas não menos energética, embalada por um mais que bem-vindo synth junto aos seus característicos riffs e vocais de refrões intensos e rebeldes.
Outra boa novidade em seu terceiro álbum foi — finalmente — a adição de letras e versos em espanhol, como em “Come Back And Love Me ❤” que, de quebra, ainda traz um belo flerte com guitarras clássicas espanholas. Um dos grandes êxitos de Hinds em se reinventar, pisando em um novo território mas ainda mantendo as características que são a “sua cara”.
Em The Prettiest Curse o grupo apresenta um refino na organização de seus riffs, sem deixar seu garage rock quadrado ou limitado. A dinâmica habitual entre as vocalistas Carlotta Cosials e Ana Perrote também parece estar bem mais afiada, rendendo boas faixas com sua assinatura bem estruturada como em “Good Bad Times” e “Burn”.
Com seu terceiro disco, o Hinds presenteia o ouvinte com sua personalidade mais lapidada e construída para ocupar o palco por completo com sua energia vibrante.