Iggy Pop — Every Loser
O primeiro grande disco do ano foi lançado
Every Loser
Iggy Pop
Ouça: “Strung Out Johnny”, “New Atlantis” e “The Regency”
Nota: 10
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O que chama a atenção no novo disco do Iggy Pop: o fato de ser do Iggy? De ser produzido por Andrew Watt que tem 32 anos? De ter na banda o próprio produtor, com Chad Smith (Red Hot Chili Peppers) e Josh Klinghoffer? Ou as contribuições de Dave Navarro (Jane’s Addiction), Stone Gossard (Pearl Jam) ou Taylor Hawkings (sentimos sua falta, Taylor!)?
Não sei o que nos empolga mais ao ouvir o disco. É difícil elencar. O que se destaca mais é que em Every Loser, Iggy Pop se mantém com o bom gosto e dinamismo adquirido ao longo de sua carreira.
O artista que inventou o punk, se envolveu junto com o Bowie na revolução glam rock, regravou suas músicas favoritas em francês, flertou com o jazz, hoje, apresenta tudo isso em mais um dos seus amadurecidos álbuns.
O resultado está na faixa “Strung Out Johnny”. Uma linda música com sintetizadores compondo o rock sombrio. O lindo vocal grave do Iggy dá o tom da harmonia que recebe um refrão pesado e backing vocals bem arquitetados.
Além desta, temos outras canções especiais. “New Atlantis” é menos pop, mas igualmente linda. A balada pra dançar devagarinho com o amor é a “Morning Show”.
“Modern Day Rip Off” é um rock mais enérgico com uma guitarra num drive nervoso. E temos umas porradas também. “Frenzy” que inicia o disco já joga tudo pro alto. “Neo Punk”, depois de “The News for Andy” faz a ponte pra “All the Way Down”. Esta insere um balanço diferente. O riff da guitarra, apesar de bem genérico, é daqueles que pegam de jeito. São canções que trazem uma energia, um entusiasmo a mais.
“The Regency” condensa toda a energia e termina este disco coeso, de um artista incansável e produzido por alguém mais novo, mas muito competente e experiente, com uma banda incrível por trás. O primeiro grande disco do ano foi lançado.