Pale Waves — Who Am I?
Banda aposta em sonoridade nostálgica, mas peca em falta de originalidade
Os britânicos lançaram o sucessor de My Mind Make Noises no último dia 12 de fevereiro e de cara nos deparamos com uma mudança bem brusca de sonoridade e estética. A banda que postava em um visual quase que post-punk, abusava dos sintetizadores e riffs de guitarras oitentistas, mergulhou de cabeça no pop punk/pop rock do início dos anos 2000, lembrando muito os primeiros dois trabalhos de Avril Lavigne. Não realizar esta comparação é uma tarefa quase impossível, pois Avril foi uma das principais artistas do movimento durante a primeira década do novo milênio.
Isso não é, necessariamente, algo ruim, o movimento pop punk dos anos 2000 foi um grande marco no mundo da música e como vivemos um possível “retorno” (com todas as aspas possíveis) do gênero ao mainstream, é legal ver uma banda atual mostrar suas origens e suas influências.
Talvez o grande problema do álbum seja ele se mostrar genérico e sem personalidade em determinados momentos, sem um toque da banda, sem algo que o torne diferente e não apenas um revival dos anos 2000. Isso faz o álbum ser ruim? Não, porém, deixa o trabalho no patamar mediano, com muitas músicas divertidas e outras muito “OK”.
A sonoridade é nostálgica, certamente alguma música entraria em algum filme teen dos anos 2000, como Freaky Friday (o de 2003), porém se tornou algo solto no meio da discografia, desperdiçando todo o potencial que o trabalho possui. Fica para próxima…
