The Sounds — Things We Do For Love

Com um retorno explosivo e cheio de energia, a banda sueca mostra sua maturidade sem deixar de divertir como sempre fez

Ronaldo Trancoso Jr
You! Me! Dancing!
2 min readJun 23, 2020

--

Things We Do For Love

The Sounds

Lançamento: 12/Jun/2020
Ouça: “Bonnie And Clyde”, “Hollow”, “Fingertips” e “Miami”
Nota: 8.0
Stream

Não é à toa que a capa do primeiro álbum do The Sounds em sete anos mostre uma dinamite. Things We Do For Love começa com uma explosão de guitarras e mantém uma energia constante até desacelerar na reta final, sem perder a nossa atenção em momento algum.

Neste trabalho, o som de guitarra que marcou o começo da carreira da banda sueca volta a ter tanto destaque quanto os sintetizadores, garantindo uma propulsão que permeia praticamente todas as músicas. A sensação inicial é que o grupo não vai apresentar nada novo, mantendo a bem-sucedida fórmula já aplicada nos álbuns anteriores, mas a partir da incrível “Bonnie And Clyde”, a ousadia começa a tomar conta e fica fácil perceber que se trata de uma banda madura, inclusive nas letras.

Em algumas canções, o grupo lembra Tegan and Sara, como em “Safe And Sound”, enquanto em outras, conseguimos perceber uma sonoridade semelhante ao que Blodie sempre fez muito bem, como na fantasmagórica “Hollow”. No entanto, em momento algum The Sounds soa como uma imitação e em todas as músicas o potencial radiofônico fica bem claro.

Um dos grandes destaques é “Fingertips”, que tem um ritmo sensual, uma letra cheia de atitude e um vocal diferenciado, num risco tomado por Maja Ivarsson, vocalista do grupo. Com quase nenhuma gordura, Things We Do For Love é o reflexo de uma banda em pleno domínio do que faz melhor.

--

--