The Wombats — Fix Yourself, Not The World

Fix Yourself, Not The World é um álbum de experimentações, de tentativas e erros. Não é o melhor, mas tem bons hits

Jennifer Baptista
You! Me! Dancing!
3 min readJan 24, 2022

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Fix Yourself, Not The World

The Wombats

Ouça: “If You Ever Leave, I’m Coming with You”, “Worry”, “Flip Me Upside Down”
Nota: 7.0
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Fui ouvir Fix Yourself, Not The World não querendo — exatamente — que fosse um Beautiful People Will Ruin Your Life versão 2.0, mas gostaria muito que evocasse em mim uma sensação parecida àquela que me fazia ouvir o disco de 2018 no repeat. Bom, digamos que o resultado não foi o desejado.

Veja bem, The Wombats é uma banda que está presente na minha vida desde o início dos anos 2010 e eu não lembro nunca de ter ouvido um trabalho deles que seja ruim. Sim, tem algumas músicas que até podem não ser minha vibe ou que eu não bateram do jeito que deveriam, mas ruim jamais.

Fix Yourself, Not The World é o quinto álbum de estúdio dos ingleses e pelos singles já mostrava que seria um bocado diferente do que estamos acostumados. Não me levem a mal, é um álbum bom. Tem ótimos hits, diferentes vibrações e sentimentos. Traz a devida experimentação que se espera de uma banda com quase 20 anos de carreira, além de sonoridades que remetem a sua trajetória e principais influências.

É, à sua maneira, uma continuação adequada não só para o disco anterior, mas também os outros três que vieram antes. Tem alma e aquele gostinho que nos faz gostar do Wombats, seja pelos vocais particulares de Matthew Murphy ou pelas batidas indie pop que sempre nos fazem mexer o esqueleto.

Gosto muito da abertura do álbum, com a enxurrada de energia de “Flip Me Upside Down”, seguida pela ótima canção-chiclete “This Car Drives All by Itself”.

O título de minha favorita, no entanto, fica com “If You Ever Leave, I’m Coming with You”, que já tinha sido lançada como single e é um dos maiores bops que temos aqui. E não me perdoaria se não mencionasse também “People Don’t Change People, Time Does”.

Vale destacar o instrumental, que é um dos pontos onde o álbum mais brilha. Mesmo em canções que não gostei tanto (como “Method To The Madness”), ele não desaponta.

Fix Yourself, Not The World é um álbum de experimentações, de tentativas e erros. Dá para dizer que carrega em si o amadurecimento de uma banda que sabe bem nos fazer dançar e celebrar a ironia. Este pode até não ser o melhor que já fizeram, mas soa como um trabalho onde os músicos se divertiram no processo. E, no fim do dia, acho que isso conta.

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