O porquê das pessoas serem o que são em seus relacionamentos

Allan Cancian Marquez
Your Life
Published in
3 min readAug 2, 2015

--

Antes que comece a ler é bom advertir: este texto não responderá nenhum tipo de indagação. Foi feito apenas para fazer você refletir sobre seus relacionamentos pessoais, sejam eles amorosos ou não.

Vamos lá: todos aqui devem amar muito os seus amigos e seus namorados (ou pegas, né galera…). E é impossível não se fazer a pergunta de “será que ele também gosta de mim da mesma forma que eu gosto dele?”. É natural, afinal relacionamentos acontecem de forma mútua e ambos precisam de um tipo de confirmação para se manterem ligados.

A gente não pensa nisso, claro. Criamos uma rotina onde temos nossos colegas para conversar, nossos amigos para desabafar e nossos parceiros para amar, apoiar e se entregar de corpo e alma. Só que essa rotina é frágil, inicialmente para todo tipo de relacionamento interpessoal. Novos colegas de trabalho, novos amigos, uma nova pessoa para amar…tudo isso gera algum tipo de questionamento dentro de nossas cabeças — por menor que sejam essas indagações em cada um de nós.

Que tal alguns exemplos? Você passa no vestibular e começa a estudar com pessoas diferentes das quais conhecia. Inicialmente faz colegas e, caso goste de algumas dessas novas pessoas, acaba chamando-as de amigas. Elas tornam-se pessoas essencialmente importantes para você, mesmo que não visualize isso de fato. Entretanto, percebe que elas não parecem te tratar da mesma forma que você as trata, não parecem se arriscar por você da forma que você se arriscaria por elas. É como se você fosse apenas um colega, não um amigo. Você ainda está no nível básico de amizade para essas pessoas.

Mais um exemplo: ao começar um relacionamento amoroso você percebe estar realmente apaixonada. Só que sua “alma gêmea” parece te ignorar sempre que pode, nunca começa uma conversa no WhatsApp e você vai se sentindo como uma pessoa chata, inoportuna e que mais atrapalha do que ajuda. Seria mimimi de sua cabeça ou essa desconfiança tem um fundinho de verdade?

E então: isso tudo seria um mimimi descontrolado ou realmente faz sentido? Há casos e casos e, na maioria das vezes, depende apenas de você saber seus sentimentos e tentar raciocinar os sentimentos das outras pessoas.

Quer uma dica que tento aplicar em minha vida? Seja você mesmo e deixe as pessoas serem quem elas realmente são, sem forçação de barra. Em relacionamentos com amigos e namorados, perceba se está sendo ignorado em assuntos comuns, se nunca te chamam para nada ou se apenas lembram de você quando precisam. Isso não chega a ser amizade ou um bom namorado e ainda podem estar te fazendo de trouxa. Ao perceber esses sintomas, aperte o foda-se e reveja quem realmente merece ficar ao seu lado. Existem pessoas muito ou pouco diferentes de você, então avalie cautelosamente e siga em frente.

Há, quer outra dica? Veja se não é você quem está sendo o oportunista de suas relações.

--

--

Allan Cancian Marquez
Your Life

Noveleiro, jornalista, publicitário, pesquisador e com algum problema na cabeça.