Como utilizamos STATIK para aplicar o Kanban

O que é STATIK?

Alga Lui Leal Cazenave
Youse Tech
3 min readJan 31, 2023

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STATIK é um acrônimo para Systems Thinking Approach to Introducing Kanban que, segundo David Anderson (criador do método), consiste em uma abordagem investigativa para começar a introduzir Kanban nas equipes ou na empresa como um todo.

Sua aplicação ocorre geralmente em grupo, envolvendo todos que participam da execução do serviço ou produto, proporcionando uma visão sistêmica e evolucionária.

Modelo de Template Miro

Estudo de caso

Mapeadas as dores de transparência no trabalho e geração de valor para área de Segurança da Informação e LGPD da Youse, organizamos um workshop remoto (utilizando a ferramenta Miro) nas diretrizes do STATIK buscando a melhoria contínua desta área, através das etapas:

1. Entender o que faz cada serviço ser ajustado ao propósito do cliente

Nesta etapa é mapeado o propósito da área, aquilo que torna o produto ou serviço ajustado à necessidade do cliente e quais são os fatores de sucesso. Através de discussão facilitada, foi possível conhecer os padrões e chegar num consenso sobre os objetivos da área.

2. Entender a origem das insatisfações do processo atual

Internas e externas, as insatisfações foram mapeadas para que, de fato, o entregável estivesse dentro no contexto correto a inserir melhoria contínua de modo a resolver os problemas priorizados.

3. Analisar a demanda

Nesta etapa, fizemos o mapeamento dos tipos de demandas existentes no processo: os solicitantes, a frequência e o volume dos recebimentos.

4. Analisar a capacidade

Também foi preciso mapear o tempo médio que uma demanda demora para ser entregue, a existência de gargalos e também a quantidade de entregas por período.

5. Modelar o fluxo de trabalho

Nesse caso, o objetivo foi entender como o sistema funciona na atualidade, por quais etapas ele circula, assim como as etapas de fila — quando aguarda ações internas, com dependências. Também mapeamos as cadências de feedback e reabastecimento do time.

6. Descobrir as classes de serviço

Aqui, buscamos entender o risco das demandas e suas diferenças, aquelas que possuem prazos, quais são urgentes e importantes.

7. Projetar o sistema Kanban

Ainda focando no fluxo atual de trabalho é feito aqui a demonstração no quadro de ponta a ponta. Neste momento, não são feitas correções, apenas entendendo onde existem possibilidades de correções já mapeadas nas dores.

8. Socializar o design e negociar a implementação

Seguimos aqui os três princípios básicos do Kanban:

  • Começamos com o que você faz hoje, respeitando os papéis e responsabilidades.
  • Criamos consenso para gerar melhorias evolucionárias e incrementais.
  • Reforçamos a liderança em todos os níveis, fomentando a auto-organização do time.

Na prática, o que fizemos:

Utilizando a ferramenta Jira, desenhamos o fluxo ajustado de Kanban para o time, contemplando as melhorias mapeadas colaborativamente e iniciamos a organização do processo de trabalho de forma a incrementar os pequenos ajustes necessários.

Modelo de Template Jira

Além disso, iniciamos também cadências com foco na operação, entrega de serviços e priorização de backlog, até mesmo para que essa cultura fosse inserida no time de modo gradual e evolucionária.

Referências

Agradecimentos

Francisco Marcelo de Mello (Chicó)

Jeová Leite

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Alga Lui Leal Cazenave
Youse Tech

Atualmente estudo e trabalho com Agilidade. Minha ideia aqui é trazer conteúdos relevantes para a comunidade de modo a aprender e compartilhar minhas vivências.