Como utilizamos STATIK para aplicar o Kanban
O que é STATIK?
STATIK é um acrônimo para Systems Thinking Approach to Introducing Kanban que, segundo David Anderson (criador do método), consiste em uma abordagem investigativa para começar a introduzir Kanban nas equipes ou na empresa como um todo.
Sua aplicação ocorre geralmente em grupo, envolvendo todos que participam da execução do serviço ou produto, proporcionando uma visão sistêmica e evolucionária.
Estudo de caso
Mapeadas as dores de transparência no trabalho e geração de valor para área de Segurança da Informação e LGPD da Youse, organizamos um workshop remoto (utilizando a ferramenta Miro) nas diretrizes do STATIK buscando a melhoria contínua desta área, através das etapas:
1. Entender o que faz cada serviço ser ajustado ao propósito do cliente
Nesta etapa é mapeado o propósito da área, aquilo que torna o produto ou serviço ajustado à necessidade do cliente e quais são os fatores de sucesso. Através de discussão facilitada, foi possível conhecer os padrões e chegar num consenso sobre os objetivos da área.
2. Entender a origem das insatisfações do processo atual
Internas e externas, as insatisfações foram mapeadas para que, de fato, o entregável estivesse dentro no contexto correto a inserir melhoria contínua de modo a resolver os problemas priorizados.
3. Analisar a demanda
Nesta etapa, fizemos o mapeamento dos tipos de demandas existentes no processo: os solicitantes, a frequência e o volume dos recebimentos.
4. Analisar a capacidade
Também foi preciso mapear o tempo médio que uma demanda demora para ser entregue, a existência de gargalos e também a quantidade de entregas por período.
5. Modelar o fluxo de trabalho
Nesse caso, o objetivo foi entender como o sistema funciona na atualidade, por quais etapas ele circula, assim como as etapas de fila — quando aguarda ações internas, com dependências. Também mapeamos as cadências de feedback e reabastecimento do time.
6. Descobrir as classes de serviço
Aqui, buscamos entender o risco das demandas e suas diferenças, aquelas que possuem prazos, quais são urgentes e importantes.
7. Projetar o sistema Kanban
Ainda focando no fluxo atual de trabalho é feito aqui a demonstração no quadro de ponta a ponta. Neste momento, não são feitas correções, apenas entendendo onde existem possibilidades de correções já mapeadas nas dores.
8. Socializar o design e negociar a implementação
Seguimos aqui os três princípios básicos do Kanban:
- Começamos com o que você faz hoje, respeitando os papéis e responsabilidades.
- Criamos consenso para gerar melhorias evolucionárias e incrementais.
- Reforçamos a liderança em todos os níveis, fomentando a auto-organização do time.
Na prática, o que fizemos:
Utilizando a ferramenta Jira, desenhamos o fluxo ajustado de Kanban para o time, contemplando as melhorias mapeadas colaborativamente e iniciamos a organização do processo de trabalho de forma a incrementar os pequenos ajustes necessários.
Além disso, iniciamos também cadências com foco na operação, entrega de serviços e priorização de backlog, até mesmo para que essa cultura fosse inserida no time de modo gradual e evolucionária.
Referências
Agradecimentos
Francisco Marcelo de Mello (Chicó)
Jeová Leite