ZACH NA COPA #7

Brasil, em busca do hexa

Sob a batuta de Tite, Brasil busca a redenção após a catastrófica Copa de 2014

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Neymar pode entrar na história da seleção brasileira (Foto: Lucas Figueiredo/CBF/Divulgação)

Desastre. Quando o Brasil vai pro intervalo com uma desvantagem de cinco gols para Alemanha na última Copa, tudo o que pensávamos era sobre uma espécie de tragédia dentro do contexto do futebol. A partida terminaria em 7 a 1. Revolta, choro, desgosto, tristeza e memes. Tudo isso pairou naquele fatídico oito de julho de 2014 e perduram até hoje. A brincadeira faz parte do esporte. Um trauma se criou e muito se refletiu sobre a estrutura do futebol nacional.

Era difícil recomeçar. A melancolia parecia não ter fim. A CBF instaura um novo caos surpreendendo a todos e anunciara a volta de Dunga ao comando da Seleção. Muitos analistas foram pegos de surpresa.

Decisões contestáveis. A não utilização de Marcelo era a decisão que mais incomodava. Parecia ser o fim do lateral na seleção canarinho. Entretanto, uma reviravolta na história deu sobrevida a Marcelo e ao Brasil.

No meio de 2016, Tite aceita o convite da CBF e vai treinar a seleção. Assume o Brasil na sexta colocação nas eliminatórias –caso acabassem as eliminatórias na época, a Seleção não iria à Copa–. Adenor assume o Brasil e, com ele, uma missão: restabelecer a Seleção e consolidá-la como um modelo de futebol. Bem, aconteceu.

E lembram do Marcelo? Que teve um péssimo dia (assim como todo o time e todos os torcedores naquele jogo)? Pois bem, o lateral voava baixo no Real Madrid, voltou a ser chamado à Seleção e se consolidou como um dos melhores jogadores do mundo. Temporadas de sucesso no Real Madrid, grandes atuações na Seleção deram a Marcelo um status de referência técnica e de liderança para os atletas.

O Brasil de Tite teve uma sequência de vitórias incrível (foram 7). Estes triunfos fizeram com que a seleção brasileira fosse a primeira a ser classificada para a Copa na América do Sul. Terminando as eliminatórias na primeira posição.

Neste mesmo ciclo, o tão sonhado ouro olímpico veio. Vitória sobre a Alemanha no Maracanã, nos pênaltis, com Neymar marcando o gol do título.

Para a Copa, vemos a seleção que mais encanta o torcedor desde 2006, com aquele quadrado mágico. Porém, as comparações param por aí. Aquela seleção era atual campeã mundial, tinha atletas que já tinham feito muito em sua carreira. A atual tem mais sede de vitórias. Um Neymar obcecado por uma Bola de Ouro; Gabriel Jesus e Roberto Firmino jogando como máquinas. Marcelo, Casemiro e Álisson em momentos espetaculares. Willian querendo provar que pode ser mais que um jogador de segundo tempo, como foi usado no Chelsea por grande parte da temporada. Paulinho, que teve uma sobrevida na carreira. De esquecido na China a jogador do Barcelona. Todos eles são vencedores, mas têm muito mais a dar. O que pode ser o trunfo brasileiro para o mundial.

Neymar, a esperança do hexa

Por mais que o Brasil tenha uma equipe estrelada, um jogador se destaca. Neymar quer brigar para ser o melhor jogador do mundo e sabe que vencer a Copa e jogá-la bem é um passo importante para que este projeto seja alcançado já neste ano.

Cria do Santos e com passagem pelo Barcelona, Neymar se tranferiu para o Paris Saint-Germain nesta temporada, sendo a transação mais cara do esporte. O retorno foi imediato. Na sua primeira temporada, o brasileiro fez 29 gols e distribuiu 16 assistências durante a temporada. Temporada que poderia ter sido melhor, se o atleta não tivesse se lesionado em fevereiro. Uma lesão no pé que o tirou da temporada, e o fez voltar há duas semanas da Copa do Mundo.

Neymar é febre entre os brasileiros e fãs do futebol. Tudo que ele faz é moda, vira tendência, é comentado. Muitos o retratam como o espírito do futebol brasileiro. É a principal esperança dentro do Brasil para a conquista do tão sonhado hexa.

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João Rafael Venâncio
ZACHPOST - Indie e Indispensável

Graduado em jornalismo. Gosto de NBA, Rap e Futebol. Escrevo sobre o que acompanho.