Metal macunaímico

Editor da Zumbido
Zumbido
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13 min readMay 26, 2021

Antes do Fim de Dorsal Atlântica, um marco incontornável da música pesada nacional nas tintas de Márcio Jr.

O Carlos “Vândalo” Lopes da Dorsal Atlântica assinou a capa do segundo álbum da banda carioca | Imagem: Reprodução

O ano é 1986. Brasil afora, o heavy metal é um dos subgêneros mais populares do rock. Ocorrido no verão anterior, o Rock in Rio fez um estrago e tanto, dando ao público a oportunidade de assistir ao vivo — ou pela TV, via massiva cobertura da Rede Globo — shows de pesos-pesados do estilo: Ozzy Osbourne, Iron Maiden, AC/DC, Scorpions e Whitesnake. Na maior cara de pau, Erasmo Carlos e a dupla Baby Consuelo e Pepeu Gomes subiram ao palco ornados de rebites e couro preto. Não enganaram ninguém.

Àquela altura, o metal nacional ensaiava seus primeiros passos: Stress, Harppia e até Robertinho de Recife — a bordo de sua famigerada Metal Mania — já haviam gravado discos seminais. Em São Paulo, a loja e gravadora Baratos Afins, capitaneada por Luiz Calanca, fez um apanhado geral do rock pauleira produzido na terra da garoa através das necessárias coletâneas SP Metal I e II. Mas a verdadeira hecatombe nuclear viria do Rio de Janeiro.

“E eram noites de lua cheia. Nas baixadas fluminenses, além dos estupros e assassinatos cometeu-se, antes do fim, este disco”, registrava a epígrafe na contracapa de Antes do Fim, segundo álbum do Dorsal Atlântica — o primeiro havia sido o split Ultimatum, dividido com a banda Metalmorphose. Difícil imaginar que as nove faixas, precariamente gravadas e mixadas entre os dias 23 e 25 de abril daquele ano, se tornariam um marco incontornável da música pesada nacional. Uma obra-prima de crueza ímpar, cuja influência ultrapassa três décadas sem apresentar o menor sinal de arrefecimento.

Antes do Fim é um marco sob quaisquer critérios de análise. Se a maioria das bandas brasileiras de metal se espelhavam na NWOBHM (New Wave of British Heavy Metal) ou em medalhões do hard rock setentista — ambos exemplarmente representados no line up do Rock in Rio –, o Dorsal Atlântica vibrava em frequências mais modernas e extremas. Em nada as composições e sonoridades apresentadas no disco — lançado pelo selo paulista Lunário Perpétuo — se pareciam com aquilo que hoje se identifica como heavy metal clássico.

“Caçador da Noite”, faixa que abre Antes do Fim, sumariza o álbum ao mesmo tempo que apresenta a matéria-prima da qual o Dorsal Atlântica é feito. Se o heavy metal — mesmo em suas vertentes mais pesadas como o thrash metal e o black metal — ainda estava preso a um repertório tipicamente infanto-juvenil, povoado por demônios ou fantasias épicas, o mesmo não se via nas letras do messiânico líder Carlos Lopes — ou melhor, Carlos “Vândalo”. Na narrativa sobre um psicopata que aterroriza Los Angeles, o vocalista e guitarrista declara — com fúria inaudita no rock brasileiro:

Ele mata porque já nasceu morto

Sangue morto amaldiçoado

Porque nas veias corre sangue latino

Só podia ser, era isso mesmo

Desde pequeno lhe mostraram o mundo

Que o povo americano quer construir

Desse mundo ele não encontrou nada

Nada serve para um mestiço sujo”.

Em míseros três minutos e dois segundos de duração, Carlos Lopes despeja uma visão de mundo ácida, pessimista e, acima de tudo, politizada. Há força e inteligência em cada uma das palavras urradas com violência. Se a magnética capa — pintada pelo próprio “Vândalo” — trazia uma boca costurada, em clara referência à censura do regime militar, bastava a agulha tocar o vinil para se perceber que nada refrearia o virulento ataque da banda carioca.

A Dorsal começou os trabalhos em 81 e deu muita dor de cabeça a vizinhança com o barulho | Foto: Paulo Gouveia Vieira / Roadie Metal

“Nada mais sintomático desse crossover que o fato de o baterista atender pela alcunha Hardcore.”

Se liricamente Antes do Fim operava numa chave mais próxima do punk do que do metal, sua sonoridade conseguia a proeza de hibridizar os dois estilos. É preciso lembrar que, em meados dos anos 1980, havia um cisma de natureza quase religiosa separando punks e headbangers — tribos que só se cruzavam mediante sangue derramado. Bastaria isso para se perceber que a música do Dorsal Atlântica ocupava uma posição de vanguarda, tanto no Brasil quanto no resto do mundo. Nada mais sintomático desse crossover que o fato de o baterista atender pela alcunha Hardcore. Caso raro de uma banda que está, literalmente, à frente de seu tempo.

Poucos segundos separam o massacre sonoro promovido em “Caçador da Noite” e o tonitruante baixo de Cláudio “Cro-Magnon” — irmão de Carlos — na faixa seguinte, “HTLV-3”. O trio volta à carga de forma crua e visceral. O fantasma da Aids começava a apavorar um mundo preconceituoso e desinformado. O vírus ainda não tinha o nome pelo qual o conhecemos hoje, HIV. Era então o tal HTLV-3. “As pessoas se incomodam / Com a liberdade que o mundo tem / Se aproveitar de uma doença / Discriminar mais as minorias”, acusa Carlos, enquanto a massa sonora segue em ritmo de bate-estacas. A cadência cai mais adiante, em uma mosh part acompanhada de dolorosa sentença: “As pessoas se esquecem / Seus amigos do passado / São inimigos do presente / Maldita condecoração”.

Indiscutivelmente um álbum de metal, Antes do Fim não se apega ao maior clichê do gênero: o virtuosismo estéril. A bateria de Hardcore pavimenta de forma direta, intensa e sem firulas o caminho por onde os irmãos Lopes conduzirão sua avalanche sônica. Cro-Magnon é aliado de primeira hora do baterista, enquanto Carlos usa a guitarra como uma metralhadora de sons e ideias.

“Álcool” desnuda uma característica que se mostraria definidora da postura de Carlos Lopes enquanto artista: jamais se orientar pelas expectativas do público. Entre a bebida e o heavy metal, existem ligações inequívocas — usualmente vistas com glamour. Com ironia amarga, a abordagem do vocalista é outra: “Droga que a sociedade me deixa usar / Querem que eu vomite na sarjeta / Estão rindo de mim / Eu deveria rir também”.

Dor semelhante acomete a faixa seguinte, “Depressão Suicida”. Novamente, dos sulcos do vinil brota uma calamitosa tempestade elétrica. Estamos na quarta música e a linha rítmica da bateria permanece exatamente a mesma, como a afirmar que os males do mundo possuem uma raiz comum. A repetição é o método de massacre usado pelo trio, não deixando possibilidades de fuga para o ouvinte, que vai se sentindo mais e mais acuado. De tempos em tempos, abrem-se clareiras musicais, propícias ao headbanging. Mas a esperança dura pouco e a devastação retoma seu caminho inexorável.

A costura da sonoridade crua e avassaladora do Dorsal é a guitarra vândala de Carlos. Nas bases, ela é o cimento a alimentar uma ruidosa betoneira metálica — que jamais para de girar. Nos solos — espontâneos, vigorosos e cheios de alma –, ela é a navalha, ou melhor, a faca cega, abrindo fendas e feridas na densa superfície sonora. A única coisa previsível nos solos do guitarrista é sua inacreditável potência demolidora.

O tempo mostraria algo que já se dava a entrever em Antes do Fim: o Dorsal Atlântica é, em última instância, Carlos Lopes. Suas posturas, angústias, raivas e inquietações se transmutam em expressão artística por intermédio da banda. É no comando do vertiginoso trio que ele realiza a tradução musical de sua visão de mundo. Humanista de esquerda, não poupou munições ao atacar o líder soviético Josef Stalin em “Vorkuta” — faixa que põe fim à primeira face do álbum, curiosamente batizada de lado 5, em mais um dos jogos mentais de Carlos.

Virar o LP no toca-discos equivale ao intervalo no corner de um ringue. É preciso aproveitar o tempo para respirar e se recompor, enxugar o suor e limpar o sangue, clarear as vistas e cuidar das feridas. Sabe-se, de antemão, que a devastação continuará, sem trégua nem piedade. Só não é possível aferir a sua dimensão. Ao menos, não até o lado 4 ter início.

O que parecia impossível acontece. “Joseph Mengele” traz o combo em intensidade amplificada, na mais perfeita tradução dos horrores perpetrados pelo sádico e infame médico nazista, o “Anjo da Morte de Auschwitz”. A letra equivale a um curso compacto de história. Nenhuma postura fascista é capaz de sobreviver aos simbólicos 3:33 minutos de duração — que se desdobram infinitamente na mente do ouvinte.

“Hoje, é mais fácil perceber que Antes do Fim faz parte de uma tradição cultural antropofágica, devedora da Semana de Arte Moderna de 1922. Metal macunaímico.”

“Vândalo” vocifera seu selvagem desprezo pela monstruosidade ocorrida nos campos de concentração. Naquele longínquo 1986, sua interpretação vocal fazia parte do conjunto de experiências mais extremas do metal mundial. O thrash metal havia aberto as portas para uma música infinitamente mais pesada do que aquela feita pelas gerações anteriores. Os paradigmas mudavam a uma velocidade alucinante, e no Brasil tínhamos o Dorsal Atlântica à frente de tudo.

Uma enxurrada de bandas mais pesadas e extremas surgiria a partir de então, mesmo em nossos tristes trópicos. Em sua maioria, pareciam um pálido reflexo do que acontecia no exterior. Se existia gana e paixão, faltava aquilo que o Dorsal sempre teve de sobra: originalidade. Hoje, é mais fácil perceber que Antes do Fim faz parte de uma tradição cultural antropofágica, devedora da Semana de Arte Moderna de 1922. Metal macunaímico.

Ao final de “Joseph Mengele”, o vocalista repete à exaustão o nome do facínora, como se imbuído do desejo de impingir aos tímpanos do ouvinte total repulsa a toda monstruosidade cometida pelo alemão. Carlos Lopes, ainda tão jovem, já havia compreendido que a arte opera por meio de símbolos e alegorias. Cravaria então a maior delas em Antes do Fim: tão logo a faixa se encerra, tem início um discurso de sotaque germânico. Girando-se o disco ao contrário, contudo, o que se ouve é uma saraivada de raivosos impropérios. Impublicáveis.

Mais uma vez estamos dentro dos desafios conceituais e estéticos propostos por Carlos Lopes. A tola e ingênua associação entre heavy metal e as ditas “forças das trevas” já era senso comum naqueles idos. Lideranças religiosas conservadoras não se cansavam de provocar escândalos ao estabelecer suspeitas ligações entre o gênero musical e o tal “satanismo”. Por outro lado, muitas das bandas mais novas terminaram por incorporar esse discurso, numa contraditória e quase inofensiva troca em que, em certa medida, todos saíam ganhando: as bandas capitalizavam a atenção gerada nos meios de comunicação, enquanto os acusadores agregavam fiéis em sua hipócrita luta contra “o Mal”.

Não raras eram as histórias de álbuns que possuíam mensagens satânicas gravadas. Para ouvi-las, bastava girar o disco ao contrário — uma diversão que se perdeu completamente quando o suporte da música se tornou digital. Carlos “Vândalo” se apropria dessa prerrogativa ao final de “Joseph Mengele”, mas não entrega a cantilena demoníaca bovinamente esperada pela plateia headbanger. O discurso que surge é polissêmico e pode ter como alvo tanto o odioso nazista quanto o ingênuo metaleiro. Afinal, o vocalista sabia que a verdadeira treva não advém do mundo sobrenatural, mas da alienação política.

Riffs de crueza dilacerante anunciam o que está por vir. A demolidora bateria hardcore — que até então definiu a sonoridade de Antes do Fim — é substituída por outra mais lenta, cadenciada e incisiva. A velocidade cede espaço a um peso marcial. “Guerrilha” é um hino — o maior do álbum e da longa trajetória do Dorsal Atlântica. “Oh, rifle / Responde força com fogo / Você tem um ideal / Meio caminho entre vida e morte / Entre herói e assassino / Você precisa lutar” conclama o comandante-em-chefe Carlos “Vândalo”, para em seguida bradar o grito de guerra: “Guerrilha por liberdade / Guerrilha em busca da verdade”.

Trailer do documentário Guerrilha — a trajetória da Dorsal Atântica lançado em 2016 e dirigido por Frederico Neto e Alexander Aguiar

A letra de “Guerrilha” se abre em direções simultaneamente sociológicas e filosóficas, políticas e pessoais. Carlos trata tanto da resistência armada à então recente ditadura militar quanto de uma postura individual diante de um mundo pautado pela desigualdade: “Você luta sozinho / Você luta por todos”. Em cada verso, um chamado à revolução.

Musicalmente, a faixa impõe um ritmo contínuo e irresistível — mesmo àqueles pouco afeitos à bateção de cabeça típica do heavy metal –, com espaço de sobra para o mastodôntico groove das quatro cordas de Cláudio “Cro-Magnon”. Junto às palhetadas certeiras da guitarra e da precisa marcação dos tambores, o que se constrói, segundo a segundo, é um caso de rara sinergia. O resultado é infinitamente maior que a soma das partes.

O solo de guitarra em “Guerrilha” é também um caso à parte. O Dorsal Atlântica é uma banda precursora do metal extremo, dentro e fora do Brasil. Como consequência, as influências musicais de Carlos Lopes não nasceram dentro desse espectro musical — do qual ele é um dos precursores –, mas de bandas clássicas. O primeiro repertório da banda — ainda em 1981 e sob o nome Ness — trazia KISS, Black Sabbath, Motörhead, Cheap Trick e Ted Nugent, com letras livremente convertidas para o português, em mordazes críticas ao governo militar. A única banda nacional presente em seu set list era o Made in Brazil, pedra fundamental do hard rock brasileiro. É como um Ace Frehley anfetaminado que o guitarrista surge no solo de “Guerrilha”: caótico, visceral e vivo, mais preocupado com a potente atmosfera criada do que com a exibição de um narcísico virtuosismo técnico.

“Guerrilha” é a síntese absoluta do Dorsal Atlântica. Emblema maior que acompanha a banda desde então. A própria trajetória do trio carioca é marcada por sua postura guerrilheira: jamais se curvar, jamais se render, lutar com as armas que estiverem à mão. E o mais importante: nunca abrir mão da própria integridade.

A faixa seguinte, “Inveja”, volta a quebrar as regras — demarcadas principalmente no lado oposto do disco. Diferentemente das outras músicas, o libelo contra o pernicioso sentimento comum a todo ser humano é caracterizado por uma estrutura mais complexa, articulando partes de cadências e intensidades distintas. O que poderia ser uma esquizofrênica colcha de retalhos sônicos funciona à perfeição, atravessada em diversos momentos por intensos solos de guitarra — ora climáticos, ora ensandecidos.

“Morte aos Falsos” se revela o prego que faltava no caixão. Os acordes iniciais insinuam falsamente uma nova marcha marcial. A verdade não tarda a aparecer: a música traz o ataque mais cru e virulento de todo o álbum. A pegada punk de Hardcore atinge níveis estratosféricos. Velocidade e pressão que não arrefecem um segundo sequer. É como se o trio arrancasse energias — sabe-se lá de onde — para seu derradeiro e fatal ataque. Em meio ao tsunami noise que toma conta dos segundos finais do álbum, Carlos “Vândalo” lança seu último e inconfundível berro: agudo, transtornado, beirando o esgotamento e a loucura. Não resta pedra sobre pedra.

O término de Antes do Fim exige, mais uma vez, que o ouvinte respire fundo. Enquanto a sonoridade apocalíptica ainda reverbera em sua cabeça, é possível que ele tome consciência de que já não é mais a mesma pessoa que minutos antes havia colocado o vinil no prato do toca-discos. Se a audição foi feita com o devido cuidado, doses de ingenuidade provavelmente foram substituídas por uma visão mais crítica do mundo. Aconteceu comigo. E com muita gente.

Contracapa clássica de Antes do Fim | Imagem: Reprodução

Ao longo de décadas, Max Cavalera vem continuamente afirmando que sem Antes do Fim não existiria o Sepultura tal e qual o conhecemos — aquela banda espetacular que ganhou o mundo na virada dos anos 1980/1990. A conclusão pode ser facilmente estendida a outros nomes de primeira grandeza do metal brasileiro, como Korzus, Krisiun e Claustrofobia.

Antes do Fim permanece um fenômeno. Como uma obra gravada em condições tão precárias pôde exercer — e continuar exercendo — tamanha influência? Parte da resposta talvez esteja na capacidade ímpar de uma banda originalíssima transformar limites e restrições em expressão artística — tudo mediado por talento e cérebro.

Se o discurso usual do heavy metal era formado por temas satânicos/ fantásticos, o trio carioca apresentou uma visão cáustica e política do mundo, da sociedade e do próprio ser humano. Pode-se dizer que o punk rock lidava com uma perspectiva semelhante. A diferença é que a qualidade poética das letras de Carlos Lopes retirava as músicas do Dorsal da vala comum do panfleto propagandístico. Potência, fúria, ambiguidade e inversão de expectativas foram o combustível com a qual o Dorsal Atlântica transformou míseras doze horas de estúdio em um marco da música independente brasileira.

Onde o metal se mostrava refém do virtuosismo técnico, Antes do Fim exibiu urgência e intensidade jamais imaginadas. As nove faixas que compõem o álbum se beneficiaram, inclusive, da sonoridade crua e visceral plasmada no vinil. Se os headbangers de outrora primavam pela pureza eugênica do estilo, o Dorsal Atlântica não se furtou a ser pioneiro na miscigenação entre metal e hardcore — muito antes disso se tornar moeda corrente.

Emblemático, o disco nunca rendeu ao Dorsal Atlântica os dividendos merecidos. Fora dos parâmetros do underground, suas vendas jamais atingiram patamares surpreendentes. Não há surpresa nisso. É um preço comum, usualmente pago por obras radicalmente inovadoras. E é justamente isso que define o álbum: mais que o paradigma sobre o qual todo o metal brasileiro foi erigido, Antes do Fim é uma inquestionável obra de arte.

Márcio Jr. — Produtor cultural, Mestre em Comunicação pela UnB e Doutor em Arte e Cultura Visual pela UFG. Foi sócio-fundador da Monstro Discos, MMarte Produções e Escola Goiana de Desenho Animado. Criou o Goiânia Noise Festival e a CRASH — Mostra Internacional de Cinema Fantástico. Lançou, em 2015, o livro COMICZZZT!: Rock e Quadrinhos — Possibilidades de Interface. É também vocalista da banda Mechanics — que, ao lado do quadrinista Fabio Zimbres, realizou o projeto do disco/HQ Música para Antropomorfos (editado no Brasil, Colômbia e Portugal), dando origem à animação O Evangelho segundo Tauba e Primal (2018), da qual é codiretor ao lado de Márcia Deretti. Também com Márcia criou, em 2017, a MMarte editora, especializada em quadrinhos, literatura e cinema. É roteirista da graphic novel Cidade de Sangue (2018), desenhada pelo quadrinista Julio Shimamoto.

Este texto faz parte da série ÁLBUM — 10 ANOS: DISCOS PARA CONHECER promovida pelo Sesc Belenzinho no mês de abril de 2021 no ambiente digital. O ÁLBUM é um projeto que nasceu em 2011 e trouxe aos palcos da unidade a performance integral de discos importantes da história da música brasileira. Nesta edição virtual, 12 discos brasileiros de gêneros e épocas distintos foram selecionados para escrutínio de jornalistas, críticos e pesquisadores musicais. Confira o livreto com a série completa aqui neste link.

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