Modelo de negócios | Pertinn — viajando com segurança durante a pandemia.

Allan Pugliese
5 min readJul 28, 2021

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Como poderíamos explorar opções de turismo local utilizando UX Strategy

Esse artigo tem como objetivo apresentar a construção do nosso modelo de negócios para o Pertinn, justificando nossas escolhas e estratégias. Caso queira ver o projeto completo, clique aqui.

O desafio

Ajudar as pessoas a voltarem a viajar com segurança e confiança, valorizando o turismo local

Olhando para o mercado

As buscas por “cancelamento de passagens” no Google, chegaram a ter um aumento de 324,7% em março de 2020, dentre os padrões dos anos de 2017 e 2019, segundo o Relatório de Impacto da Pandemia de COVID-19 nos setores de turismo e cultura no Brasil.

O fechamento de empresas de pequeno e médio porte, a queda de 70% a 90% dos voos domésticos em relação a 2019, o fechamento de empresas que formavam subsetores da economia, como transportes, hospedagem, agenciamento de viagens e serviços de alimentação e de lazer, é um grande exemplo da conjuntura atual em que esse mercado se encontra.

O mercado do turismo chega a movimentar até 8,2% do PIB brasileiro, e nesses últimos meses de pandemia, devido ao novo coronavírus, houve uma grande perda de faturamento, que chega a aproximadamente R$160 bilhões em 2020 e 2021, segundo pesquisadores da FGV.

Conhecer novos lugares, ou simplesmente visitar um que ama, é uma atividade onde sua base depende, fundamentalmente, da mobilidade humana, e durante esse período ela está cada vez mais sendo testada.

Segundo dados explicitados no Nerdtech 62, do Jovem Nerd e testados em nossa pesquisa , o mercado de turismo durante a pandemia mudou. As pessoas continuam viajando, mas para locais conhecidos como casas de veraneio ou de parentes. Em mercados como nos Estados Unidos, as opções dos Motorhomes- onde a pessoa viaja mas com segurança de dormir em sua própria “casa sobre rodas”- tornam-se aquecidas.

Visto isso, para reconstruir a segurança nesse mercado, e para que o setor volte a retomar seu destaque, é necessário se adaptar ao meio, e que as novas experiências sejam oferecidas dentro desses novos padrões de conforto, segurança e confiança.

De acordo com balanço feito pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Minas Gerais (ABIH-MG), a média da taxa de ocupação em Belo Horizonte ficou em 32,65% no ano passado, pior desempenho dos últimos 10 anos.

Em comparação com 2019, a queda no faturamento dos estabelecimentos foi de 52%.

Olhando para os concorrentes

Existem muitos apps para reserva de restaurante ou para quartos para dormir (contando os hostels, um lugar para lugar, etc..). Em nossa análise, mantivemos apenas o Airbnb pela relevância em vários pontos.

Separamos dessa análise 3 pontos principais que podemos destacar que nos ajudaram a montar nossa solução e nossas pesquisas

1 — O airbnb criou um botão “explore destinos perto de você”, mas todos que deram foram com + de 3 horas de viagem

Em quase todos os outros o usuário é levado a escolher um destino, e a partir disso ele deve escolher as opções de hospedagem e lazer. Nós estaríamos funcionando ao contrário, o local da pessoa seria o primeiro passo). O Airbnb e o TripAdvisor não têm seu foco voltado para hotéis. Existe um esquema de experiências on-line no Airbnb mas ainda não parece ser chamativo.

2 — Falar de segurança com o COVID pode estar sendo um TABU para as empresas

Métricas

Após 3 meses do lançamento do app, esperamos:

  • Ao menos 100 usuários cadastrados no mercado de testes, sendo pelo menos 20% estabelecimentos de hospedagem. Foi-se pensado em incentivos para esses 100 primeiros, explicitado mais abaixo nos incentivos para primeiro MVP
  • Aumentar a taxa de reservas em 30% dos estabelecimentos cadastrados.
  • Ao menos 70% dos estabelecimentos com bom ranting no que se refere aos protocolos sanitários.

Incentivos do primeiro MVP

Foram pensadas 2 possibilidades financeiras de engajamento para conseguirmos os primeiros clientes de nosso negócio. Para a conta da primeira hospedagem o ticket médio seria de R$ 500,00. Como pensamos em 80 usuários e 20 usuários de hotéis, poderíamos pensar em 2 tipos de investimentos financeiros:

1- A primeira viagem grátis, limitada aos 80 primeiros usuários que se cadastrarem e comprarem uma viagem, no valor de até R$ 500,00, totalizando um aporte financeiro inicial de R$ 40.000,00 para teste e validação do MVP

2- Caso nossa verba seja menor, R$ 200,00 reais de desconto na primeira compra, totalizando um aporte financeiro inicial de R$: 16.000,00 para teste e validação do MVP

Model Canvas

Criamos então nossa proposta de valor e analisamos nosso modelo de negócio através da metodologia Business model canvas, demonstrada abaixo.

Jornada do Cliente

Após a coleta desses dados, a aplicação de pesquisas e alguns testes com usuários, também construímos o mapeamento da jornada desde a primeira consideração sobre viajar, passando pela pesquisa e planejamento, reservas de estadia até efetivamente a viagem. Analisamos as principais ações, sentimentos e pensamentos com o objetivo de identificar oportunidades.

(para ver em tamanho grande, acesso o PDF clicando aqui)

Service Blueprint

Com a jornada do consumidor mapeada, conseguimos desenhar nosso primeiro Service blueprint. Vale ressaltar que, como estamos em uma etapa inicial de empresa (buscando investidores) não nos preocupamos em esmiuçar todas as equipes (equipe de atendimento ao público (CX); equipe de suporte e equipe de desenvolvimento e aperfeiçoamento) pois, nesse momento, apenas precisamos mostrar o que precisamos para poder tomar decisões como, por exemplo, o que pode ser terceirizado, qual o tamanho necessário dessa equipe, etc…

(para ver em tamanho grande, acesso o PDF clicando aqui)

Viabilidade do negócio

Como o negócio é apenas um estudo, nos preocupamos em desenvolver ferramentas que demonstram a real viabilidade do negócio, deixando em aberto dados como investimento inicial, prazo de retorno de investimento (PRI) e dados sobre futuro crescimento da empresa, focando apenas em sua estrutura básica e suas principais métricas de desempenho para serem atingidas.

Participantes e contatos:

Allan Pugliese — UX Strategist.

Lisa Andrade — UX Strategist.

Rafael Franco — UX Strategist.

Thomas Cruz — UX Strategist.

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