minha primeira errata e os leitores de tela
Não me lembro a última vez que fiquei tão feliz de ter errado.
O caso é que a Luciana (do post na balada com a Lu) me mandou um email para falar o que tinha achado do texto e me atentou para um “detalhe”:
Só um detalhe:
Tanto neste post como no primeiro que li, as fotos estão sem descrição.
O cursor quando chega na foto fala assim:
“3q000978734576532qdss890000.JPG”.Para os ouvidos fica bem desconfortável!
MAS É CLARO! DUUUR. Como escrever sobre acessibilidade se o meu conteúdo não é acessível? Que besteira a minha.
Para quem não conhece, os cegos usam programas chamados de “ledores” ou “leitores de tela”. É um sintetizador que vai lendo os comandos e textos numa vibe google translator mas muito mais rápido. Nesse vídeo abaixo, a Naiara explica e mostra como eles funcionam.
É por isso que para cada imagem devemos descrever o que aparece. O que parece simples, mas não é. No curso de Introdução à Audiodescrição, que fiz no MAM em 2012 ministrado pela Bell Machado, aprendemos as regras e as diretrizes de uma audiodescrição. É um exercício fantástico. Não usar juízo de valor por exemplo: “é uma menina bonita de olhos verdes”. Quem define se é bonita ou não? Outra coisa que fiquei na dúvida: as cores. “Preciso dizer as cores? como a pessoa saberá o que é o verde se ela nunca viu essa cor?” Repito, é um exercício fantástico. Na época eu ficava descrevendo tudo na minha cabeça e as vezes até gravava no ipod. Fica a sugestão para vocês tentarem ;)
Hoje em dia, algumas pessoas ativas na questão de inclusão, como a Mara Gabrilli e o Romário, usam até a hashtag #PraCegoVer na hora de colocar a descrição.
Então, de agora em diante, todas as imagens aqui e no meu facebook terão a devida descrição. E se sempre for assim, rendendo um questionamento e um aprendizado, que venham mais erros!