DOSSIÊ

Atrasado, RU da Unesp reabre suas portas

Os pratos fazem parte de uma política de permanência e auxílio aos estudantes

Arthur Almeida
2 min readAug 22, 2022

Produção de Arthur Almeida, Eduarda Motta, Geovanna Sena, Julia Faria Peixoto, Leonardo Scramin e Maria Tereza Ribeiro

Para adicionar os créditos para compra das refeições, os alunos e servidores precisam ir presencialmente até os guichês do RU || Foto: Arthur Almeida

O Restaurante Universitário (RU) da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp) reabriu as suas portas para receber alunos e servidores no final de julho. A ação ocorre seis meses após o retorno presencial das atividades no câmpus e quase três meses desde o início das aulas, mas oferecendo um número maior de refeições subsidiadas do que em 2019.

A Administração Geral (AG) afirma que a Reitoria só liberou a verba necessária para a reabertura — R$ 528 mil — em março. Além disso, acrescenta que a contratação da responsável pela gestão do restaurante fez com que a data de retorno fosse alongada. Para reduzir os danos, a instituição subsidiou 200 marmitas para os alunos inscritos nos programas de auxílio estudantil.

Em entrevista, Fabio Batagini, diretor técnico administrativo da unidade, reconhece que o ‘bandejão’ é uma política importante tanto para a permanência dos discentes quanto para a diminuição da insegurança alimentar da comunidade do câmpus:

“Refeições de qualidade e com um preço acessível contribuem grandemente para a qualidade do estudo, do aprendizado e da pesquisa dos alunos”, aponta.

Desde o seu retorno, o RU oferece 460 pratos diariamente — com opções onívoras, vegetarianas e veganas — divididos entre os horários de almoço (300) e jantar (160) a R$ 5,00; valor que Júlio Cubas, graduando em Biologia, acredita ser “de acordo com o momento econômico”. Em 2019, eram disponibilizadas apenas 250 unidades no almoço e não havia jantar.

Apesar disso, a oferta ainda é bem menor do que a procura; menos de 10%, já que circulam pelo câmpus mais de 7 mil pessoas. Álvaro Samuel, estudante de Arquitetura, conta que não conseguiu comprar refeições para todos os dias que precisava, além de criticar o sistema “pré-histórico” de compras online e a falta de comunicação da AG, que não enviou e-mails aos alunos informando sobre o retorno do RU, por exemplo.

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Arthur Almeida

Estudante de Jornalismo, é um paulistano que se jogou no interior do estado para fazer UNESP. Política e sociedade, volta e meia, uns textos diferentes.