DOSSIÊ

Cresce procura pelo Bom Prato

Demanda tem sido maior do que no período mais crítico da pandemia

Arthur Almeida
2 min readAug 22, 2022

Produção de Arthur Almeida, Eduarda Motta, Geovanna Sena, Julia Faria Peixoto, Leonardo Scramin e Maria Tereza Ribeiro

As pessoas chegam cedo para conseguirem uma refeição || Foto: Julia Faria Peixoto

Com a alta da inflação e o aumento dos preços dos alimentos, a população tem buscado novos meios de se alimentar bem, gastando pouco. As refeições oferecidas pelo Bom Prato a R$ 1 tem sido uma das alternativas. “A demanda aumentou bastante nos últimos meses”, testemunha a gerente administrativa da unidade de Bauru, Andressa Moretti Giardiello de Moraes.

A aposentada Rosa de Oliveira normalmente almoça no local e afirma que “vale muito a pena”, pois, pagando barato pela alimentação, ela consegue arcar com outras despesas.

Já o vendedor Laurindo Lopes relata que, conforme o final do mês vai se aproximando e as contas apertam, ele costuma ir ao Bom Prato duas vezes por semana e demonstra felicidade em poder comprar comida pelo valor oferecido: “só tenho a agradecer”.

De acordo com Andressa Moretti, atualmente, a procura pelo serviço tem sido maior que no período mais crítico da pandemia e o perfil do público que frequenta o local tem mudado:

“Com a inflação, temos observado pessoas com um poder aquisitivo um pouco melhor do que o do nosso público-alvo e que hoje correspondem a 50% dos nossos clientes”.

Adriana Cristina, técnica em nutrição, aponta que a mudança se deve à procura dos cidadãos “por uma alimentação balanceada a um preço pequeno”.

Na unidade, ao todo, são oferecidas 1.900 refeições, sendo 300 no período da manhã (7h às 9h30); 1.300 no almoço (10h30 às 14h), e 300 marmitas são vendidas, das 17h às 18h30, para a janta.

Porém, devido à grande quantidade de pessoas que têm buscado o serviço “as metas do dia são batidas rapidamente”, declara a nutricionista Bruna Vicentini. Ela conta que tem dias que, em apenas 45 minutos, as refeições no café da manhã — oferecidas a R$ 0,50 — já acabam. E por causa das grandes filas que são formadas, “fica muita gente para fora”, sem conseguir um prato de comida.

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Arthur Almeida
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Written by Arthur Almeida

Estudante de Jornalismo, é um paulistano que se jogou no interior do estado para fazer UNESP. Política e sociedade, volta e meia, uns textos diferentes.