Viva Lex!
Vamos fazer uma festa da Pedagogia Social para celebrar a vida e obra de Lex Bos. Será nos dias 5 e 6 de Abril, sexta e sábado, em São Paulo, no Centro Paulus. Se já ouviu falar deste nome e tem interesse em conhecer mais, a inscrição tá aberta: aqui!
Quando digo “vamos” é porque me coloco como parte da Associação da Pedagogia Social. Será a primeira iniciativa que represento a associação. Não sinto o frio na barriga, mas um calor no coração.
Uma sensação tão forte de dever cumprido que não dá pra descer ao estômago. Outro motivo é que por mais que seja eu, a representante desta iniciativa, não estou sozinha. E o calor também predomina porque existe uma longa jornada para eu estar neste lugar agora.
Lex surgiu na minha vida quando esperava na salinha de uma gráfica e lia devoradamente o livro Confiança, Doação e Gratidão. Eu iria negociar o pagamento da impressão de 2 mil exemplares da revista Clarear sem ter dinheiro na mão. Ele (o money) viria parte da venda dos exemplares e, outra, da campanha do crowdfunding, que na época só tinha a versão “tudo ou nada”. Pura confiança!
Imprimi as revistas, vivi a agonia de cumprir com minha palavra no prazo das prestações e vendi a quantidade necessária para pagar a gráfica e ainda destinar um valor mínimo para as duas colaboradoras, que entraram comigo nesta loucura de empreender sem ter condição econômica no país como nosso.
Ouvi depois o nome de Lex no Programa Germinar, mas passou despercebido. No Módulo 4, do Germinar, quando os participantes colocam em prática as metodologias aprendidas, recebe entre os conteúdos o Doze Dragões, cuja primeira edição foi publicada em 1994 pela Editora Antroposófica.
O encontro mesmo com este javanês se deu depois que passei pelo penúltimo Seminário feito pela APS, em 2019. A vivência do chamado “7 Processos” aliada á metodologia do FDJ acalmou minha alma, que vivia o aprendizado de se tornar facilitadora a partir da disciplina do ritmo e do conteúdo de base antroposófica. Também me alimentou em um dos buracos que reconhecia em mim para atuar como profissional no campo da facilitação.
O buraco é que, na época, eu tinha participado de um congresso internacional de facilitadores e percebi que o campo funcionava a partir da venda de ferramentas, logo: se eu quisesse atuar como facilitadora profissional precisava ser representante de uma para ser reconhecida entre os facilitadores.
Fui da primeira turma da Formação Dinâmica de Juízo em 2021. Quando o curso terminou, fui descobrindo a travessia, que me tira o frio da barriga hoje. A travessia tem a ver com a quarta obra que cito de Lex: Nada a ver comigo? — onde ele conta do limiar que acontece com quem faz travessias de pertencimento.
Hoje posso dar risada da ilusão de “facilitadora de primeira viagem” que caiu na percepção comercial de que a FDJ podia ser a ferramenta para entrar no campo dos facilitadores, rs!
-Pra quem atua como profissional sabe que não é ferramenta.
-Pra quem conhece o FDJ sabe que o doutorado de Lex não se restringe ao uso de uma prática de facilitação.
O Viva Lex é uma iniciativa que celebra os 50 anos da Dinâmica de Juízo e tudo aquilo que ligou este legado de Lex ao Brasil. Esse tudo inclui uma história de pioneiros e pioneiras do movimento antroposófico no Brasil, que já foi contada e registrada pela consultora Regina Erismann, no livro Ecologia Social.
Uma parte que marca a ligação deste javanês com a celebração que vai rolar no Centro Paulus são os Seminários, cujos primeiros (dos anos de 79 e 80) estão registrados no livro Desafios para uma Pedagogia Social, edição feita no ano de 1987. Este foi o último livro traduzido, que encontrei na minha jornada com Lex. O primeiro editado no Brasil.
Quer saber mais como será esta festa?
Entra em contato comigo!
Update: o evento Viva Lex aconteceu no Centro Paulus com um grupo de 20 pessoas e representou um marco da renovação da Associação de Pedagogia Social que está de Portas Abertas para quem deseja fazer parte, vem!
