10 passos para criar uma loja online no Shopify

Como criar a minha loja do nada?

David Simões
Sounds Good Agency
9 min readJan 4, 2018

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Antes de começar a ensinar os passos a dar, preciso que tenhas em mente uma coisa muito importante: Coloca-te um prazo. É muito importante lançar a loja o mais rápido possível.

Com isto não pretendo que comeces a receber visitantes quando ainda nem sequer definiste os métodos de pagamento, não permitindo o cliente fazer a sua encomenda. O que quero dizer é que montar uma loja virtual requer custos e esses custos vão gerar perdas muito relevantes se não começarem a vender o mais rápido possível. Há coisas que são fundamentais e espero abordá-las neste artigo. Outras são importantes, mas podem ser terminadas, melhoradas e alteradas mesmo quando a loja já estiver aberta e a fazer $$$.

Além disto, não te stresses se achares que algo está por fazer: quando inaugurares a loja, vais te aperceber muito rapidamente do que é essencial e está em falta. É muito importante seguir este conselho ainda que possa parecer contra-intuitivo, uma vez que muitas pessoas altamente motivadas, abandonam os seus projectos por falta de recursos (custos superam o esperado e não há vendas para equilibrar o cashflow) e devido a um perfecionismo exagerado. Para o perfecionista, a loja nunca estará pronta: recordem-se que até as grandes empresas com sites incríveis têm os seus designers e developers continuamente a estudar como melhorar cada detalhe.

Prontos para começar?

1º Passo

Em 1 minuto podem começar o vosso novo projecto :) Se precisarem de ajuda, também sabem quem contactar. Sim, é só clicar no link e criar uma conta. Sem este primeiro passo, não podemos andar para a frente.

2º Passo

Escolher o look da vossa nova loja online: procurem qual é o template que mais se adequa à vossa marca e às vossas necessidades. Existem uns grátis e outros pagos. Os pagos obviamente apresentam mais funcionalidades e são mais facilmente editáveis sem precisar de mexer no código, mas geralmente nós preferimos editar templates grátis e brincar com o código para fazer com que o site se adeque perfeitamente à marca de cada loja. A outra hipótese que oferecemos aos nossos clientes é criar um design único do zero, seguindo as suas instruções e aconselhando o que acreditamos ser melhor para os seus negócio. Esta última opção obviamente é mais cara, por isso só a recomendamos em projetos que, além de terem um orçamento mais elevado para esta fase, de facto necessitem e queiram um design novo e totalmente personalizado. Podes visitar a loja de templates e decidir qual solução é a mais indicada para o teu projecto em concreto, baseado nos teus recursos e necessidades.

3º Passo

Inserir os produtos na loja. Muito simples e intuitivo. Não esquecer: as fotos são sempre muitíssimo importantes, por isso é necessário não poupar na qualidade das mesmas. Reparem que numa loja física, o cliente pode tocar, experimentar e testar qualquer produto. Na tua nova loja virtual, as fotos são tudo o que o cliente tem, por isso é bom esmerar-se. Além disso, se quiseres ter anúncios nas redes sociais, como o Instagram, há um mínimo de resolução requerida para as imagens dos produtos. Aqui estão mais detalhes sobre como inserir os produtos na vossa nova loja:

Dois pequenos pormenores: o SKU (Stock Keeping Unit) e o Barcode no princípio podem ser coisas chatas de preencher mas são muito importantes. Através do SKU é possível facilmente encontrar o produto que queres editar e gerir o inventário; o código de barras é necessário se quiserem aparecer no Google Shopping (muito importante dentro da temática dos PPC).

4º passo

Definir os pagamentos: cada país tem hábitos diferentes, mas aqui estão alguns dos métodos de pagamento mais comuns: transferência bancária, pagamento contra entrega e cartão de crédito. Para saber que gateway de pagamento o Shopify aceita para cada país podes consultar:

5º passo

Definir meios de entrega: aqui há alguns pontos interessantes a discutir. Shopify permite definir tantos métodos de entrega quanto cada um desejar. Uma característica interessante é que podemos definir o preço de acordo com o peso da encomenda (assim o cliente paga o justo pela entrega da sua compra) ou de acordo com o montante gasto (deste modo pode-se, por exemplo, oferecer o envio da encomenda grátis quando um cliente gastar mais do que X $).

No entanto, devo dizer que, pessoalmente, sou um defensor do envio grátis para todos os clientes (se as margens o permitirem, claro): quantas vezes abandonámos o checkout por perceber à última da hora o valor das taxas de envio com que não contávamos? Se ficar mais caro receber algo por causa dessas taxas, o cliente vai comprar noutro sítio em que o produto até pode ser mais caro, mas fica mais barato por não tem de pagar nenhuma taxa-surpresa pelo envio . Último conselho neste ponto: contacta e reune com todas as empresas de entregas que operem nas regiões/países onde pretendam vender os vossos produtos. Apresentem o vosso projecto e as vossas projecções e negociem o melhor acordo possível. Não há dúvidas: quando começares a ter pelo menos 1 encomenda por dia é absolutamente necessário dar este passo.

6º passo

Não esquecer dos texto legais: legalmente todo a loja online deveria apresentar aos seus clientes a Politica de Reembolso, a Política de Privacidade e os Termos de Serviço. O Shopify tem um espaço próprio para colocar estes textos de forma a serem exibidos durante o checkout, mas é igualmente necessário tê-los no rodapé da loja, para que qualquer cliente em qualquer momento do ciclo de compra possa achar essa informação legal. Se não é motivação suficiente o facto de ser uma obrigação legal, tem em conta que ao usares serviços como o Google Merchant Center (muito importante em termos de publicidade e Marketing) sem ter estes textos bem visíveis, Google cancelará a tua conta e não publicará nenhum dos anúncios através do Google Shopping até que tenhas inserido no website todos estes textos obrigatórios.

7º passo

Tradução: normalmente ao abrir a vossa conta no Shopify, esta está configurada automaticamente para a língua inglesa. Para certas línguas, como Checo, esta parte pode ser um pouco mais demorada porque quase nenhum template está preparado para esse idioma, mas mudar a configuração da loja para Português é bastante simples. Estando na administração da loja, clica em Online Store (ou https://nome-da-tua-loja.myshopify.com/admin/themes) Depois:

=> Edit language
Change theme language e escolher a tua língua preferida.

8º passo

Apoio ao cliente: como já disse noutro artigo, é muito importantes estar preparado para responder aos teus clientes com o máximo de atenção possível. Para isso, é muito recomendável estar mais disponível do que os vossos concorrentes que apenas deixam o seu email na página “Contate-nos”. A aplicação que nós usamos para ter um live chat em todas as nossas lojas e páginas web chama-se Intercom. Não é grátis e talvez não é a melhor solução se só tiveres uma pequena loja online e pouca interação com os clientes, mas no nosso caso tem sido uma arma preciosa. Podemos gerar mensagens automáticas e personalizadas para clientes que estejam em determinadas situações e precisem de ajuda ou incentivo para realizar uma compra. Recebemos numa caixa de entrada partilhada entre toda a equipa e respondemos em tempo real aos pedidos, perguntas e propostas dos nossos clientes e visitantes; a organização espectacular deste sistema permite-nos trabalhar coordenados em equipa para resolver os problemas e questões que nos são colocadas. De qualquer forma, podes procurar outra aplicação para este efeito na loja de aplicações da Shopify que melhore se adeque às tuas necessidades actuais.

9º passo

Analytics: É muito importante tratar deste passo antes de inaugurar a loja (não penso que seja 100 % indispensável, pois não é essencial ao funcionamento da loja, mas é bastante aconselhável). Algumas noções para clarificar este tema: trabalhar com Analytics é a forma que temos de medir o sucesso do projecto. Implementando certos sistemas, é possível guardar e acumular centenas de dados e informações que no futuro podem ser muito úteis. Aqui vou recomendar apenas dois meios. O primeiro a implementar é o Google Analytics: é grátis, é imenso, tem todas as funções possíveis e imaginárias; por outro lado, não é muito simples configurá-lo perfeitamente e além disso contém muitas potenciais distrações, pois muitos dados podem ser irrelevantes para o teu negócio. No entanto, é muito bom ter esta implementação feita, pois vai haver um momento em que vais precisar de dados e informações sobre como a vossa loja está a funcionar com os visitantes e compradores e a Google terá tudo guardado (info sobre como começar).

A segunda possibilidade que gostaria de apresentar é bastante interessante para cada eCommerce, mas não tão acessível financeiramente para todos. Chama-se MonkeyData e eles consideram que estão um passo à frente relativamente a toda a sua concorrência. Podes testá-lo gratuitamente durante 14 dias e vais ficar impressionados com o seu potencial. Eu fiquei surpreendido com a qualidade do produto quando comecei a usá-lo na minha loja: pode-se conectar com outras fontes de dados como o Google Analytics, Google Adwords, Facebook Ads, todas as redes sociais, etc; calcula automaticamente quanto dinheiro foi gasto em Marketing e quanto foi gasto por compra, isto é, quanto dinheiro foi preciso investir para que alguém dos muitos que chegaram à vossa loja, comprassem algo. Estas informações são muito importantes para garantir que a loja é financeiramente viável. Ainda por cima, é facilmente instalável e configurável. Claro que depois do tempo de free trial, eles apresentam os seus preços e pode ser desencorajador, mas eu acredito que é dinheiro bem investido (também têm um plano grátis que não é mau de todo).

10º passo

Faturação: Na nossa loja Checa, eu uso a aplicação Order Printer que me permite editar e criar templates para faturas. Esta é a melhor solução se estamos confortáveis com HTML, JavaScript e contabilidade, uma vez que é necessário editar os modelos existentes de forma a traduzi-los para a língua desejada e garantir que obedecem à lei do país em questão. Nós temos um modelo grátis para lojas Checas disponível para todos. Porém, para as lojas de língua portuguesa nós não temos esta possibilidade desenvolvida por enquanto. Se muitos mostrarem interesse nesta solução nos comentários, possivelmente poderemos trabalhar nisso. Por enquanto, as melhores soluções que conhecemos são o InvoiceXpress para lojas online estabelecidas em Portugal e Moçambique e a Sufio para lojas brasileiras. Além de ser uma solução adequada à legislação brasileira, Sufio apresenta uma ótima solução para lojas que necessitem de emitir faturas para mais de um país e/ou vendam para singulares e empresas. De facto, esta aplicação permite criar faturas em mais de 20 línguas e obedece às regras fiscais de mais de 50 países; é a forma mais simples de gerir a facturação para diferentes países e em múltiplas línguas. No caso de no teu projecto quiseres vender B2C e B2B internacionalmente, esta aplicação também permite facilmente emitir facturas com ou sem VAT, de acordo com a lei europeia.

Chegámos ao fim dos 10 passos para lançares a tua loja. Recomendo-te ainda a dar uma vista de olhos à checklist preparada pelo Shopify:

Espero que este artigo tenha te trazido algum valor. Se tiveres alguma pregunta our projecto relacionado com Shopify, há muitas formas de entrares em contacto conosco. Aqui estão as minhas preferidas:

Se este artigo foi útil para ti, bate-me palmas e segue-me para mais informação útil 👏 😇

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David Simões
Sounds Good Agency

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