Carlos Viana: “Quando tem um clube de milionários tomando conta do Estado, eles vão privatizar tudo”

Conecta Fumec
2 min readSep 20, 2022

--

Por Larissa Figueiredo

Foto: Ana Paula da Cunha

O candidato a governador de Minas Gerais e senador Carlos Viana participou do quarto e último dia do evento Pensando o Futuro: Democracia em Debate, nesta terça-feira, na Universidade Fumec. Em entrevista, feita pelo professor do curso de direito Antônio Marcos Nohmi, Viana falou sobre o que pensa de política e democracia.

Leia também:

Marcus Pestana: “Corrupção é problema de polícia, promotor e juiz”

Alexandre Kalil: “Eu quero colocar o pobre no orçamento e o rico no imposto de renda”

Mateus Simões: “O Brasil gastou um pouco mais de R$ 1 bi com vacina, mas está gastando R$ 6 bi com o fundo eleitoral só neste ano”

O atual senador defende a privatização em Minas, mas critica a atual gestão e se manifesta contra a desestatização da Cemig e Copasa. “A Cemig tem um papel muito importante em Minas Gerais. Você vai ao norte de minas e tem vários empreendedores que querem abater os animais e exportar, mas não tem energia elétrica para poder ter um frigorífico e exportar a carne, tem que mandar aqui para Contagem (…) O Estado é que tem que pensar isso, mas não pensamos.’’

Carlos Viana é jornalista, foi professor de jornalismo e discorda das agressões cometidas pelo presidente Jair Bolsonaro aos profissionais da imprensa: “Se o presidente não tem o que responder, não responda”, mas pondera que, em sua opinião, “há uma confusão entre opinião e análise do fato. Hoje, a maioria dos jornalistas opina. Existe um problema de militância política, por isso, os grandes meios de comunicação estão perdendo audiência.”

Viana, questionado sobre o regime de recuperação fiscal imposto ao Estado, fala sobre a importância de aumentar a arrecadação sem aumentar os impostos: “Nós não temos competitividade, só é possível aumentar a arrecadação com um grande projeto de desenvolvimento (…) Esse regime de recuperação fiscal precisa ser mudado, se não tiver uma promoção para um policial ou um professor, o Estado pode se tornar inoperante.”

O candidato aparece com 5% das intenções de voto no primeiro turno na última pesquisa Datafolha, registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo MG-03417/2022.

--

--