Hashtag — Análise das percepções da pesquisa qualitativa

Julia Garcia
4 min readJan 13, 2022

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Este é um subcase do projeto “Hashtag — Ajudando estudantes de ensino médio na educação remota”, feito por Julia Garcia e Letícia Barros.

Se você quiser saber também sobre a pesquisa quantitativa, você pode entender nossa análise detalhada.

Tendo como desafio aumentar o engajamento de adolescentes com o aprendizado no ensino médio, e após os dados coletados na pesquisa quantitativa, percebemos algumas oportunidades:

Com essas ideias em mente, focamos nossas pesquisas para entender se estas poderiam ser exploradas, o porquê, como e com qual necessidade.

Neste segundo momento, tivemos apenas 5 respostas de usuários, sendo 3 alunos e 2 professores. Apesar do número pequeno e pouco expressivo, por termos um prazo para entregar o projeto, decidimos seguir com as entrevistas que fizemos. Entendemos que tomamos nossas decisões a partir da percepção de poucos participantes, e que seria preciso um número superior de respostas para uma decisão mais segura e de menos riscos sobre o produto.

Alunos

Com os alunos, focamos em três perguntas principais:

  1. Como é o seu contato com os professores agora? Como era seu contato com eles no presencial?

“O contato com os professores no momento está bem menor do que no presencial, acredito que até mesmo por conta deles terem que dar atenção (muitas vezes individual) pra todos os alunos e ainda por cima de forma online.” (resposta de estudante)

2. Você procura atividades extras de um conteúdo que viu em aula? Por que?

“Raramente, pois o ensino está muito mais fraco agora, muitas das vezes abordando assuntos já estudados ou de muito fácil entendimento, então acredito que não há necessidade dessa procura pois com os exercícios já dados pelos professores, já consigo compreender completamente o assunto e não sair com nenhuma dúvida ou dificuldade.” (resposta de estudante)

3. Você já usou aplicativos que possuem um tipo de gamificação? Como foi sua experiência?

“Sim, minha experiência foi muito boa, acredito que esse método é ótimo para que possamos aprender de uma forma mais leve, fazendo com que seja mais fácil de se decorar todo o conteúdo.” (resposta de estudante)

A partir das respostas dos alunos, pudemos entender como se sentiam e quais eram suas principais dores nessas questões, além de nos guiar em como poderíamos trabalhar em uma solução. Os pontos mais importantes foram:

Professores

As respostas da pesquisa quantitativa nos ajudaram a entender que muitas dores que achávamos que professores tinham no ensino à distância não se comprovaram verdadeiras, e que a maior oportunidade de negócio era o acompanhamento do desempenho de alunos. Considerando as dores dos alunos em relação a atividades, as perguntas feitas com os professores focaram nestes dois pontos:

  1. Como foi aplicar atividades avaliativas para os alunos? Como foi a ultima vez que você aplicou atividades à distância?

“Esse tipo de avaliação não nos permite a ter um controle da situação se comparado com as avaliações presenciais. A última vez que aplicamos atividades à distância mostrou a urgência e a importância de que quanto antes voltarmos para o formato presencial, melhor.” (resposta de professor)

2. Como é acompanhar o desempenho deles à distância? Como você se dispõe para tirar dúvidas de seus alunos?

“Nesse contexto, as únicas formas de tirar as dúvidas dos alunos são através do “chat” ou através da fala de cada aluno. Porém, isso somente vai ocorrer se aluno quiser, caso contrário, não há como tirar as dúvidas dos alunos.” (resposta de professor)

3. Você oferece conteúdos extras sobre as aulas para seus alunos? Você mesmo os cria ou utiliza materiais da internet?

“Sim, sempre que possível. Tais conteúdos extras podem ser de minha própria autoria ou de outras fontes. Aliás, sempre é bom mesclar as formas de aplicação desses conteúdos extras. Quanto mais fontes o aluno tiver acesso, melhor para a sua compreensão e entendimento dos conteúdos estudados.” (resposta de professor)

A partir dessas respostas, entendemos como poderíamos gerar valor para os professores. Os pontos principais coletados foram:

Conclusão

Analisadas as respostas recebidas com a pesquisa qualitativa, entendemos que:

  • Para o ensino remoto, as plataformas estão cumprindo o que oferecem
  • Quando analisado o conteúdo ofertado, os alunos sentem necessidade de procurar conhecimento por fora da sala de aula
  • Os alunos gostam de gamificação
  • Professores tem dificuldade em acompanhar o desempenho de seus alunos
  • Professores já oferecem conteúdos extras autorais e de outras fontes para os alunos
  • Um contato mais próximo entre professor e aluno é valorizado

Assim, vemos as seguintes oportunidades:

Usar uma forma de gamificação para alunos realizarem as atividades

Oferecer uma plataforma para que professores disponibilizem, compartilhem e recomendem conteúdos autorais e de outras fontes para professores e alunos

Possibilitar que professores criem salas e acompanhem seus alunos dentro do aplicativo

Professores e alunos consigam ter um canal direto e fácil de comunicação

Papéis

Julia Garcia — UX Researcher, UX Strategist, UX Writer e UI

Letícia Barros — UX Researcher, UX Strategist, UX Writer e UI

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