Táxis: do cinza do asfalto ao colorido dos carros

Thiago Mendes
doze34
Published in
3 min readDec 20, 2017

Por Fernanda Janaína da Silva Alves e Thiago Mendes

(Foto: Fernanda Alves)

Qual a primeira lembrança que você tem ao pensar em um táxi? Se você teve logo a memória daquele carro de modelo clássico, cor amarela e faixas quadriculadas nas laterais, saiba que anda assistindo filmes demais.

Agora, se essa pergunta te remeteu aos carros vermelhos — ou seriam laranjas? — é por que certamente você mora ou já esteve em Porto Alegre.

Veja mais: O que você sabe sobre o serviço de táxis de Porto Alegre?

A cor peculiar dos táxis da capital gaúcha é sem dúvidas a mais intrigante questão do serviço rodoviário da cidade. O que não se pode negar é que em contraste com o cinza das ruas e dos grandes prédios do centro, os táxis se destacam e nos oferecem belas imagens.

(Foto: Fernanda Alves)

O serviços de táxi é indispensável para o funcionamento das grandes metrópoles. Além de desafogar o transporte coletivo, os táxis são uma ótima opção para aqueles que precisam se movimentar de forma mais ágil pela cidade. São eles também que na maioria das vezes apresentam a cidade aos recém chegados dando um fôlego extra para o turismo local.

Mas para que tudo isso funcione é necessário que o serviço esteja bem estruturado. Só no centro de Porto Alegre, por exemplo, há um total de 14 pontos fixos de táxis que abrangem cerca de 500 veículos devidamente legalizados pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). Carros acessíveis, GPS, empresas de gerenciamento, aplicativos para smartphones e até mesmo um calculador de tarifas criado pela prefeitura do município são alguns dos exemplos daquilo que torna o serviço de táxi de Porto Alegre melhor.

Mas sem dúvidas o mais importante para o bom funcionamento dos táxis da capital são aqueles que nos conduzem pelas ruas da cidade. Porto Alegre conta com mais de 10.000 mil motoristas que deixam suas famílias em casa para servir à milhares de passageiros todos os dias. Motoristas esses que enfrentam dia e noite o estresse do trânsito e que tem sua própria intuição como única proteção diante da insegurança que cerca as grandes cidades. Porém nem mesmo essa falta de segurança é suficiente para afastar os condutores daquilo que pra eles é o mais gratificante.

Segundo Mauro Castro, taxista de Porto Alegre há 31 anos, o motorista consegue acompanhar um pequeno trecho da vida daquele passageiro durante os momentos em que ele passa no banco do carona:

“Eu costumo dizer que a corrida de táxi funciona como uma fresta por onde você espia parte do universo do seu passageiro. Você não sabe como ele chegou àquela situação, nem o que vai acontecer depois, mas aquele recorte da vida da pessoa você enxerga.”

--

--

Thiago Mendes
doze34
Writer for

Gaúcho. 27 anos. Estudante de Jonalismo - ULBRA-Canoas/RS