Amor à primeira vista: uma história de adoção

Eduarda Toledo
3 min readNov 26, 2018

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Imagem de arquivo pessoal

Vanessa Hauser é Jornalista e professora na Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). Alguns anos atrás, ela e mais alguns amigos, com quem compartilhava o apartamento, tiveram o desejo de adotar um cachorro. Após algumas conversas, começaram as buscas por ONGs. “Eu sempre quis adotar um vira-lata porque eu acredito que tem tanto cachorrinho precisando de um lugar para morar que não há necessidade em comprar um”, explica Vanessa. Durante uma conversa com uma amiga, ela descobriu a Patas Dadas. “Quando eu entrei no catálogo dos adotáveis do site já me apaixonei, lembro até hoje que ela estava com um colar de pérolas na foto”, fala emocionada.

Phoebe era um dos 11 filhotinhos de uma cachorra que foi abandonada perto da ONG. Assim como seus irmãos, ela havia sido apelidada pelos voluntários com o nome de um escritor, Clarice. “Eu criei um afeto com ela só vendo a foto no site, acredito que parte disso se deve a criatividade com que eles cuidam dos cachorros”, afirma a professora. Vanessa destaca o trabalho que é realizado pela organização. Segundo ela, o processo para a adoção foi muito rápido e profissional. “Eles me mandaram um questionário super completo para ver se eu realmente tinha condições de adotar e para confirmar que eu iria castrá-la, que não iria abandoná-la ou devolvê-la e de que eu realmente estava ciente das responsabilidades que isso envolvia”, relata.

Imagem de arquivo pessoal

Depois que Phoebe chegou, a vida de Vanessa sofreu várias mudanças, todas positivas. A professora contou que, na época, tinha diversos problemas de falta de vitamina D e tomava remédios para isso. Com a chegada da filha de quatro patas, passeios ao ar livre se tornaram constantes e o problema com a falta de sol foi resolvido. Além disso, as visitas aos parques também fizeram com que Vanessa encontrasse pessoas diferentes e criasse novos círculos de amizade. “Eu sempre digo, não sou eu que faço bem pra ela, é ela quem cuida de mim”, afirma.

Phoebe também é uma ótima cão de guarda. Vanessa conta que quando as duas estão em casa sozinhas, ela fica mais atenta em protegê-las. “Se cai uma agulha no chão ela se levanta no meio da madrugada latindo é como se dissesse ‘preciso defender a minha mãe, nós estamos sozinhas’”, conta Vanessa orgulhosa. O cenário muda quando há mais pessoas na casa. Segundo a mãe coruja, a cachorra dorme mais tranquila ao saber que há outros para defendê-las.

Vanessa relata a importância de ter certeza na hora de adotar um pet. A professora afirmou que no começo demorou um pouco até ela se acostumar com a nova integrante. “Não adianta achar que o cachorro vai se adaptar naturalmente na sua vida, que ele vai fazer só o que tu pensa e que se ele estiver incomodando demais tu vai lá e desliga”, afirma. Para a professora, o principal é entender que se trata de um ser vivo. “É como um relacionamento que você só tem a ganhar”, concluiu.

De patas dadas pelos animais

Conheça a história da ONG Patas Dadas, onde Vanessa encontrou seu amor de quatro patas.

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