Ciclo de vida do desenvolvimento na Aberto — Parte 2 | Processos ágeis

Gustavo Bigardi
Tradeback
Published in
3 min readAug 2, 2021

Olá pessoal, conforme prometido voltamos para a continuação do detalhamento do ciclo de vida do desenvolvimento que utilizamos na Aberto. No último post nos aprofundamos um pouco mais na parte da gestão do código de nossas aplicações utilizando o git flow, hoje vamos falar mais sobre como impomos nossa qualidade nos processos.

Processos ágeis

Nos primórdios da Aberto utilizávamos o Kanban para controlarmos nosso fluxo de trabalho, porém as demandas foram crescendo, os projetos e produtos foram surgindo e veio a necessidade de melhorarmos um pouco nosso processo, então, mais uma vez, buscamos reinventar a roda e sim utilizar padrões de mercado e enfim fomos para o bom e velho Scrum.

O Time era pequeno e com uma boa maturidade na agilidade então não foi um desafio e iniciou-se ali a cultura ágil da Aberto. Tínhamos autonomia para propor ideias e organizar os processos, então começamos a organizar nosso product-backlog e definir as sprints com nossos pequenos entregáveis, o time foi crescendo, o processo se mantendo, a cultura se fortificando ainda mais e aproveitávamos todas as cerimônias propostas pelo Scrum:

  • Planning: onde planejávamos nossa Sprint baseado no nosso product-backlog, após a Planning também realizamos a “Quebra de tasks”, onde juntos realizamos um mini detalhamento de cada item que entrou na Sprint, garantindo o entendimento do time como um todo (+1 ponto pra qualidade);
  • Daily: onde alinhamos o andamento dos itens da Sprint desenvolvidos até o momento. Um ponto curioso: em nossas dailys modificamos um pouco a forma comum de conduzir essa cerimônia, reforçando assim o que se preza na agilidade, onde nenhum framework deve ser engessado e sim flexível. Com isso adotamos um modelo de daily orientada ao item do backlog e não a cada membro do time, achamos que essa maneira é muito mais produtiva e objetiva, dando a real visão do progresso do trabalho até o atual momento;
  • Review: ao final de cada ciclo apresentávamos tudo que foi construído para nossos P.Os, coletávamos seus feedbacks e aprovações sobre o que estava ali sendo apresentado;
  • Retro: visando a melhoria contínua sempre separávamos um tempinho para olhar para o período dessa Sprint e analisar tudo que aconteceu de bom e de ruim e traçarmos planos de ação;

Nesse momento achávamos que estávamos muito maduros e com o processo ágil rodando muito bem dentro do time mas tinha um detalhe, não tínhamos um Scrum Master de fato. Então nesse momento decidimos trazer uma pessoa para ocupar esse papel que estava vago na equipe, um Agile Coach -SM e isso transformou o nosso processo, vimos que ainda tínhamos muito a melhorar, principalmente em dois pontos:

  • Refinamento: passamos a dar mais importância aos refinamentos de assuntos complexos pré planning, assim ganhando mais tempo ao se preparar e otimizando nossas plannings, tornando-as mais objetivas;
  • Review: aqui começamos a olhar para o lado motivacional, isso fez um efeito extraordinário para o time, passamos a ter uma cultura de feedbacks constantes baseados em Kudo’s e diversas dinâmicas como um caso que já trouxe aqui — Happy Hour em tempos remotos;

Desde então nunca mais nos acomodamos achando que já estávamos bons o suficiente mas sim sempre estamos buscando a melhoria contínua em todos os aspectos, seja nos processos ou seja na parte técnica. E falando em sempre estar em busca da melhoria, uma coisa que temos muito forte é a disseminação de conhecimento dentro do time e com isso surgiu a ideia da Escolinha da Aberto, que fica para o nosso terceiro episódio dessa serie rsrs…

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Fontes:

Agradecimentos à

Felipe Januário Agile Coach

Felipe Almeida Tech Lead

Feliciano Zantedeschi Product Operations Manager

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