12- Juízes de Israel

Gabriel Louback
Advento cronológico
2 min readDec 16, 2018

(Dia 11: Deus manda construir o templo)

Photo by Ian Espinosa on Unsplash

Depois de 40 anos vagando pelo deserto, os israelitas chegaram a Canaã, a terra prometida a Abraão. Os que eram escravos no Egito morreram no deserto, juntamente com Moisés, e uma nova geração, nascida no deserto, foi liderada por Josué.

O povo prestou culto ao Eterno durante toda a vida de Josué e dos líderes que continuaram vivos depois de Josué, e que tinham visto os milagres e maravilhas que Deus tinha realizado. Quando Josué e essa geração também passaram, veio uma nova que não conhecia a Deus e o que Ele havia feito por Israel. Eles abandonaram e deram as costas a Deus, e passaram a adorar os deuses das nações vizinhas (Juízes 2:7–13).

Sem líderes entre eles a guiá-los, se perderam em seus próprios desejos e caminhos. O povo havia quebrado sua parte do acordo e, como consequência, Deus permitiu que Israel fosse oprimida pelas nações vizinhas. Ele, então, levantou homens e mulheres para liderarem o povo, os “libertadores”, conhecidos também como “juízes” (Jz 2:16–19)

Porém, eles se recusavam a ouvir os juízes e, quando esses morriam, o povo voltava a caminhos ainda piores do que os caminhos das gerações anteriores, “se prostituindo com outros deuses”, como diria Deus.

Nesse ponto, temos a oportunidade de entender melhor o que esse relacionamento sempre significou para Ele. A partir dessa época dos juízes (e depois com os reis e profetas de Israel), veremos Deus falar com tristeza sobre a nossa perversão, como nos deitamos nos montes como uma prostituta, como atendemos a nossos desejos da mesma maneira que um animal no cio; como uma vez, e outras mais, acabamos sempre dizendo a Ele:

“Não voltarei para ti, eu amo os deuses estrangeiros e continuarei a ir atrás deles” (Jeremias 2:20–25).

Creio que essa seja uma das passagens mais intensas e difíceis em toda a Bíblia, pois mostra como Deus enxerga nosso relacionamento com Ele, a importância que Ele dá a essa relação e a profundidade que isso tem; e como que, em resposta a isso, a gente trata o Eterno e se relaciona com Ele.

É um dos momentos mais tristes da nossa história com Deus, não apenas na jornada cronológica, mas em nossas vidas também; quando vivemos distantes Dele, entregues a nós mesmos, preocupados com os ‘deuses estrangeiros’, tentando ser iguais a todo mundo à nossa volta, querendo as coisas, os deuses, os rituais e tudo o que as pessoas ao nosso redor têm, e não dando valor a esse amor que temos, a esse relacionamento profundo e verdadeiro e que é suficiente para nós.

Ou que deveria ser.

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Dia 13: Reis de Israel

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