17- 400 anos de silêncio

Gabriel Louback
Advento cronológico
2 min readDec 21, 2018
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(Dia 16: "Um menino nasceu”)

A promessa do Libertador foi a primeira coisa que Deus fez assim que demos as costas para Ele (Gen 3:15). Milhares de anos depois, os israelitas — a quem Deus havia escolhido abençoar como povo para que, por meio deles, todos fossem também fossem abençoados — , ainda esperavam pela vinda do Messias.

Malaquias é o último profeta de Israel a falar sobre essa vinda, pregando uma mensagem que preparava o caminho para o Libertador prometido. Depois de Malaquias, costumamos dizer que houve um silêncio de 400 anos, no qual “Deus não falou” ao povo de Israel. Entendo o termo, afinal, não há nenhum registro de alguém falando diretamente em nome de Deus, fosse entre os israelitas ou em outros lugares.

No entanto, creio que até mesmo em seus ‘silêncios’ Deus continua falando, no mínimo agindo, diretamente na nossa vida e por meio da história, entre nós. Apesar de seu silêncio, Deus continuava preparando o caminho para o Messias.

Durante esses 400 anos, por meio dos gregos, Deus possibilitou a base de uma língua comum, falada em diversos lugares da terra. Por meio de Roma e suas estradas, Ele usou a conexão entre cidades longínquas e diminuiu as distâncias para que boas notícias pudessem ser proclamadas de forma mais rápida. Por meio dos judeus e dos períodos de exílio, Deus usou a construção de sinagogas em países estrangeiros, que dificilmente teriam ouvido falar do Eterno, possibilitando, assim, o ensino do Velho Testamento e suas diversas promessas à respeito do Libertador que viria resgatar a humanidade.

Em diversas áreas da vida (política, cultural e economicamente), Deus estava preparando o terreno para o maior evento já testemunhado em nossa história, o momento mais esperado do nosso relacionamento com Ele.

Em diversas áreas de nossas vidas, Deus continua agindo e falando, mesmo quando não vemos ou percebemos isso, mesmo quando Ele permanece em silêncio. A experiência da ausência, de não ouvi-Lo tão nitidamente, não significa, necessariamente, a ausência de experiência. Diversas vezes Deus fala muito em seus silêncios, não no vento forte, mas como uma brisa suave (1 Reis 19:12).

Por isso, também temos a oportunidade em nossos corações de viver esse momento tão esperado do nosso relacionamento com Ele, de vê-Lo quebrar esse silêncio com a chegada do Messias, de irromper na nossa história e declarar que chegou o momento de vê-Lo face a face; de, uma vez por todas, estarmos juntos com Ele.

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Dia 18: Ninguém podia esperar

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