16- “Um menino nasceu”

Gabriel Louback
Advento cronológico
2 min readDec 20, 2018
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(Dia 15: Passado, presente e futuro)

Não há ninguém mais fraco em nossa sociedade, mais impotente e indefeso do que uma criança. É uma figura que, raramente, inspira segurança, força e amparo; pelo contrário, é ela que depende de tudo isso para conseguir sobreviver. Porém, a vinda do Libertador prometido é prevista e anunciada no nascimento de uma criança, um menino, 700 anos de seu acontecimento.

“Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado…” (Isaías 9:6)

Teoricamente falando, Deus podia ter enviado o Messias como um homem já crescido; finalizado e terminado, como Adão. Se aconteceu uma vez, por que não poderia ser novamente?

Porém, o Messias esvazia-se de si mesmo e vem como servo, tornando-se semelhante a nós, identificando-se conosco em nossa humanidade; em nossas fraquezas, insuficiências e fragilidades (Filipenses 2:5–7). Vem como um bebê, o início da vida humana, da nossa vida. Ele se identificaria conosco em tudo, desde o nosso começo, passando pelas aflições da vida até que morresse a morte que seria nossa. Vida e morte, início e fim, em tudo como nós e, ainda assim, caminhando com Deus dia a dia, mostrando a intimidade que tanto ansiávamos e que agora seria possível também para nós.

O Libertador prometido seria, portanto, um homem, não um anjo, nem uma manifestação espiritual de Deus desprovida de humanidade. Nenhuma das duas maneiras seria o suficiente, ou o ideal, para que se cumprissem as qualidades de Salvador e Sumo Sacerdote.

Era preciso que uma criança nascesse.

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Dia 17: 400 anos de silêncio

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