Portfólio de UX Design: 6 Dicas Essenciais para Montar o Seu
Nesse artigo, vamos entender mais sobre as vantagens e importância de ter um portfólio específico de UX Design. Além disso, pontuaremos 6 dicas essenciais para impactar os recrutadores e conseguir sua tão sonhada oportunidade de trabalho como Product Designer.
UX Design é uma área bastante prática e que necessita de habilidades técnicas.
Nesse sentido, para uma entrevista de emprego, não basta apenas apresentar o seu currículo e mostrar em quais empresas já trabalhou.
Dessa forma, se faz bastante importante a construção de um portfólio de UX Design.
O portfólio é um documento em que profissionais expõem seus trabalhos de forma mais visualmente elaborada. É uma seleção dos melhores projetos que representam sua identidade profissional, como uma “vitrine” do seu potencial.
Por que ter um portfólio é importante?
O primeiro fator que precisa ficar claro é a diferença entre currículo e portfólio.
O CV é um documento menos visual e com o objetivo de apresentar seu histórico profissional, trajetória e experiências. Nesse sentido, o currículo é um documento mais superficial quando trata de analisar projetos com mais profundidade.
Por outro lado, o portfólio é uma oportunidade para demonstrar seu potencial e sua personalidade de forma mais visual e particular, através dos projetos mais importantes que concluiu durante sua carreira.
Não há orientações gerais para elaborar um portfólio, mas é um gênero mais maleável do que um currículo comum, o que permite criá-lo com mais criatividade.
Além disso, o portfólio é uma forma mais rápida e visual das pessoas analisarem o seu trabalho.
Portfólio proporciona visibilidade para as empresas
Um estudo demonstrou que leva entre 6 e 10 segundos para um recrutador analisar e descartar um currículo.
Nesse sentido, as empresas estão focadas em identificar rapidamente perfis de candidatos que se enquadram na cultura e dinâmica da companhia.
Dessa forma, é necessário trabalhar bastante na elaboração da sua apresentação profissional. Isso pode ser a diferença entre você ser descartado ou convidado para uma entrevista.
Além disso, em UX Design, há um leque de habilidades e funções que podem ser relacionadas com outras áreas. Assim, o portfólio é uma ótima oportunidade para mostrar aos recrutadores outras partes e funções de um projeto que você participou, como:
- Processo de tomadas de decisões;
- Análises de dados;
- Supervisão de desenvolvimento.
Dica de leitura: Confira quais são as 5 Soft Skills que fazem a diferença para o UX Designer
Quais as Vantagens do Portfólio de UX Design?
Como vimos acima, ter um portfólio é importante para UX/UI Designers. E claro que é preciso elaborá-lo com qualidade. Isso traz diversos benefícios como:
- Vantagem competitiva — profissionais que não possuem portfólio não são considerados para vagas de trabalho;
- Boa impressão — um portfólio bem estruturado demonstra profissionalismo e maturidade;
- Expressar sua identidade — seu portfólio diz muito sobre como você é e qual a sua identidade e estilo de trabalho.
Portanto, montar um portfólio demonstra comprometimento e profissionalismo porque é preciso tempo, estudo e dedicação para mostrar seu estilo de trabalho e projetos.
Entretanto, ao montar o portfólio, podem surgir diversas dúvidas com relação a sua elaboração e montagem:
- “O que devo colocar e o que devo tirar?”
- “Onde coloco essa informação?”
- “Por onde devo começar?”
Esses exemplos são questionamentos comuns que acabam surgindo no decorrer do processo. Por isso, decidimos trazer algumas dicas e sugestões que irão facilitar a elaboração do seu portfólio.
1) Coloque um toque pessoal
Como visto acima, as empresas estão em busca de perfis que se enquadram com a sua cultura.
Dessa forma, não tenha medo de demonstrar com sutileza seu estilo pessoal. Afinal, seus projetos refletem seu comportamento, modo de pensar e agir. Isso pode até ser uma forma de se destacar entre outros candidatos.
Veja alguns exemplos de portfólios e trabalhos de nossos alunos que conquistaram oportunidades de trabalho como Product Designers:
- Victor Rosato;
- André Borges;
- Laís Barboza;
- Luka Vasconscelos;
- Debora Seibert
- Gabriel Reichelt;
- Louise Santos;
- Thiago Alvarenga;
- Gabriela Masini;
- Tiago Oliveira.
Confira em outro artigo nosso 3 habilidades cruciais para se tornar um melhor Designer. Ou se preferir, escute nosso podcast sobre quais Habilidades do Designer que devem ser exploradas.
2) Seja profissional ao montar seu portfólio
Utilizar construtores de sites como Wix e Cargo Collective são ótimas formas de acelerar o processo de montar seu portfólio. Porém é importante tomar o cuidado de registrar um domínio próprio para enviar seu portfólio com seu nome e sem anúncios ou banners desses sites.
Lembre-se que você está disputando uma vaga e é muito importante apresentar ao entrevistador a sua preocupação com detalhes.
Dica de leitura: O que é Business Design e por que é importante saber sobre negócio?
3) Mostre os processos e não apenas os resultados finais
Não é raro encontrar profissionais que apenas apresentam os resultados finais de seus projetos. Porém, isso é um erro grave!
Dessa forma, é necessário colocar em seu portfólio breves explicações do trajeto que percorreu até chegar no resultado final. Mostre que você é capaz de fazer até as partes mais complicadas antes da versão final.
Nesse sentido, preocupe-se em descrever:
- O problema a ser resolvido;
- Pessoas envolvidas no projeto;
- Ferramentas utilizadas;
- Fases de descoberta — como você resolveu o problema;
- O processo usado para superar o problema: wireframes, protótipos, esboços, personas, jornadas de usuários e pesquisa;
- O resultado final e o que aconteceu depois da entrega.
Tudo isso está relacionado com a estratégia de storytelling do portfólio. Ou seja, contar de uma maneira objetiva, lógica e que prenda a atenção do público.
Portanto, lembre-se de escrever sobre o contexto do projeto, porque eventualmente você mudou de ideia, quais são os próximos passos, quais foram os imprevistos e etc.
Dica de Leitura: Saiba tudo sobre storytelling e como usar para se destacar em UX!
4) Adequação ao nível
As experiências de quem está começando na área de UX Design e de quem já tem um tempo no mercado são diferentes e isso também afeta a construção do portfólio.
Designer Júnior
Para os profissionais com pouca experiência em UX Design, é aconselhável compor o portfólio com projetos acadêmicos.
Isso porque, talvez, um profissional Júnior ainda não tenha tido a oportunidade de participar de um projeto real.
Apesar da proposta ser utilizar projetos não reais, é importante se concentrar em exercícios que tenham problemas reais e construir o portfólio da mesma maneira como se utilizasse projetos reais.
Dessa forma, utilize o storytelling, descreva os processos e metodologias, coloque a sua linha de raciocínio.
Apesar de parecer difícil conseguir uma oportunidade utilizando projetos de exercício no portfólio, muitos alunos do nosso Bootcamp MID conseguiram o primeiro trabalho usando os exercícios do curso.
Muitos deles nunca tinham nem montado um portfólio em UX, ou nem sequer possuíam background na área. Mas esses fatores não os impediram de conseguir oportunidades de trabalho já nos primeiros níveis do MID.
Você pode assistir aqui entrevistas com alunos ou ler os relatos aqui, se preferir.
Designer Sênior
Já para profissionais mais experientes, a dica é mostrar exemplos do trabalho da sua equipe em diferentes projetos.
Descreva quais foram as estratégias utilizadas, como aconteceu a divisão de tarefas, quais foram os resultados finais, etc.
Além disso, coloque também o processo de tomada de decisão ou de gestão de pessoas, bem como também os resultados pós-projeto.
Para os profissionais com foco em pesquisa — UX Research — é importante criar também um portfólio. Mostre os processos de pesquisa, a elaboração de personas, jornadas do usuário e fases de descoberta.
Dica de leitura: Jornada do Usuário e a sua importância em UX Design
5) Quantidade nem sempre é qualidade
No momento de selecionar os projetos para o portfólio, escolha 2 ou 3 que façam sentido para a vaga aplicada. Não mostre projetos de Design Gráfico se a vaga for para UX Design.
Além disso, os recrutadores possuem cerca de 60 segundos para avaliar seu portfólio. Nesse sentido, se o documento for longo, cansativo ou não relacionados a área específica que você esteja aplicando, eles provavelmente não serão selecionados.
Concentre-se em:
- Estruturar uma navegação clara para os projetos, sub-rubricas e processos definidos;
- Dar foco nos seus melhores trabalhos — 3 no máximo — e sempre busque explicar e exemplificar as etapas — utilize o storytelling;
- Incluir uma visão geral clara e contextualizada para entendimento rápido sobre cada projeto;
- Adaptar seu portfólio para todos os tipos de leitores/ público.
6) Linkedin para Designers
O Linkedin é uma rede social totalmente voltada para relações profissionais. Por isso, é essencial que você marque presença nessa plataforma e exponha o seu perfil profissional, portfólio e outras experiências.
Além disso, estabeleça contatos e conheça pessoas da mesma área para sempre estar atualizado e inserido no mercado.
Muitos alunos do nosso Bootcamp MID reconhecem que o LinkedIn fez bastante diferença para que conseguissem oportunidades em UX Design.
“Outro ponto é o LinkedIn. Hoje eu percebo o quão importante é ter um perfil profissional para networking e apresentar seu trabalho nessa rede. Isso contribuiu para eu conseguir minha oportunidade como UX Designer.” — Fábia Coelho
“Mudar meu cargo no LinkedIn para UX Designer fez toda a diferença para conseguir novas propostas. Eu passei a receber mensagens de recrutadores diariamente!” — Fernando Borges
Além de ser uma plataforma que expõe a sua experiência profissional, o LinkedIn também é uma rede onde você pode compartilhar seus trabalhos e mostrar a sua evolução e dedicação.
“Trabalhar o seu LinkedIn, ir postando e mostrando o seu trabalho, isso é muito importante. Por mais que ele não seja incrível ainda, você mostra que está se dedicando e procurando melhorar.” — Victor Rosato
É claro que é preciso pensar em uma estratégia e em diversas questões que influenciam a sua autoridade na plataforma.
“Algo que ajudou muito foi ter colocado o perfil do LinkedIn em inglês e deixá-lo bem detalhado. Antes eu usava nas duas línguas — português e inglês. Funcionava, mas quando eu mudei somente para o inglês facilitou a atualização e eu comecei a receber muito mais contato no LinkedIn e no e-mail.” — Bárbara Niriz
Portanto, se você quiser conhecer mais dicas sobre como utilizar o LinkedIn para criar mais oportunidades, leia nosso artigo exclusivo sobre o assunto:
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